Algarve
Marcha lenta contra as portagens na Via do Infante vai contar com participação de espanhóis
As quatro organizações promotoras da nova marcha lenta contra as portagens na Via do Infante, marcada para 8 de outubro, reuniram-se no fim de semana, em Loulé, para delinear os pormenores daquilo que classificam como uma «grande jornada de luta no Algarve».Intitulada “A Luta Continua Sempre”, a marcha é promovida pela Comissão de Utentes da Via do Infante, o Grupo Algarve (Facebook) – Portagens na A22 Não, o CFC – Movimento Com Faro no Coração e o Moto-Clube de Faro.
Os promotores afirmam encontrar-se «em contacto permanente com os espanhóis de Andaluzia, nomeadamente associações empresariais e principais partidos políticos, para a sua participação na referida marcha lenta».
A marcha lenta vai envolver «diversos tipos de viaturas, como carros ligeiros, motas e veículos pesados» e terá lugar dia 8 de Outubro, aniversário da primeira marcha lenta em 2010, entre as 14h00 e as 20h00, numa extensão de 120 quilómetros, envolvendo a EN 125 e a Via do Infante.
Segundo os promotores, haverá quatro pontos principais de partida: Altura (Castro Marim), junto à rotunda do Restaurante “O Infante”, na EN 125, pelas 14h00, Portimão, no Parque das Feiras, pelas 14h30; Tavira, rotunda dos Moinhos, (acesso à Via do Infante), pelas 15h00, e ainda Albufeira, em Valparaíso, pelas 15h00.
Todo este grande movimento irá confluir para o Parque das Cidades (Estádio do Algarve), daqui arrancando pelas 16h00 a caminho de Faro, passando pelo Patacão, rotunda do aeroporto, rotunda do Fórum Algarve e rotunda do Teatro Municipal, estando prevista uma grande concentração final do protesto frente ao Fórum, entre as 17h00 e as 18h00.
«Também irão ter lugar reuniões com associações e diversas entidades, distribuição de folhetos e cartazes, colocação de faixas e divulgação da ação com recurso às redes sociais», acrescentam os quatro promotores, acrescentando que «no dia 8 de outubro a luta social contra a injustiça irá acontecer no sul do país e toda a divulgação e mobilização serão necessárias».
Quanto à prevista participação de espanhóis na marcha lenta, os promotores da iniciativa sublinham que «os andaluzes da província de Huelva têm estado ativamente empenhados contra as portagens na A22 – que afetará muito negativamente a economia e a sociedade nestas duas regiões transfronteiriças Algarve-Andaluzia».
Nesse sentido, a Esquerda Unida espanhola fez aprovar uma resolução no Parlamento Regional da Andaluzia e apresentou uma queixa no Tribunal de Justiça Europeu, enquanto a Esquerda Unida, o Partido Popular e o PSOE também apresentaram uma Moção na Deputação Provincial de Huelva e na Câmara de Ayamonte contra as portagens na A22.
Por isso, as quatro entidades promotoras da marcha «congratulam-se e saúdam vivamente os nossos vizinhos andaluzes dessas forças políticas, e condenam profundamente os responsáveis políticos nacionais e regionais do PSD, CDS/PP e PS por, continuamente, traírem o Algarve e os seus eleitores, ao defenderem a colocação de portagens na Via do Infante».
É que, reiteram, «portajar a Via do Infante é condenar à morte o Algarve – mais falências de empresas, mais desemprego, mais mortes na EN 125. Será a destruição da sociedade e da economia do Algarve – a região, que só vive do turismo, a viver uma gravíssima e a maior crise a nível nacional».
Os organizadores apelam a todas as entidades, cidadãos e sociedade civil em geral do Algarve «para que se mobilizem e participem nesta grande marcha, constituindo uma poderosa frente de luta contra as portagens na Via do Infante».
«No dia 8 de outubro é proibido ficar em casa, pois o tempo é de ação e não de resignação. Só com coragem, determinação e luta será possível a vitória, derrotando todos aqueles que, por interesses vários, defendem as portagens na Via do Infante. A luta contra as portagens no Algarve irá continuar sempre. Custe o que custar e doa a quem doer», garantem.
Sul Informação
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