sexta-feira, março 29, 2013

Comissão de Utentes junta uma dezena de pessoas em protesto na ponte do Guadiana

29 de Março, 2013
Cerca de uma dezena de pessoas participou hoje no protesto realizado pela Comissão de Utentes da Via do Infante (A22) junto à ponte internacional do Guadiana, onde, na quinta-feira, havia longas filas de automóveis estrangeiros para pagar portagens.Apesar da situação oposta verificada hoje sem as longas filas e sem os turistas espanhóis a criticarem o sistema instalado pela Estradas de Portugal para os automóveis estrangeiros pagarem as portagens electrónicas, a Comissão de Utentes destacou o carácter simbólico do protesto e assegurou que só parará quando o pagamento na A22 for suspenso.
João Vasconcelos, da Comissão de Utentes, disse que o protesto visou também pedir a "demissão do Governo para dar lugar a outro que suspenda as portagens", medida que "está a conduzir a uma catástrofe social e económica de dimensão tremendas no Algarve".
"E esta é mais uma acção nesse sentido, para fazer ver aos responsáveis políticos que as portagens não têm solução no Algarve. Foi um protesto surpresa, evidentemente relacionado com a vergonha que ontem [na quinta-feira] se verificou aqui", acrescentou, referindo-se às filas de turistas estrangeiros que quinta-feira se acumularam junto aos sistemas de aquisição de títulos para as portagens.
João Vasconcelos considerou que a acumulação de veículos estrangeiros foi "uma situação anómala que não deveria ter existido".
As pessoas de "entre 100 a 200 carros estrangeiros não tinham qualquer informação da Estradas de Portugal, era uma confusão tremenda, outros disseram que já não vinham mais ao Algarve, outros voltaram para trás", frisou.
O dirigente salientou ainda que "o Algarve vive do turismo e do comércio, que está a ter graves problemas neste momento e as portagens contribuíram para o aumento do desemprego, o aumento das falências de empresas e para impedir que mais estrangeiros visitassem o Algarve".
"Não vamos desistir, estamos há três anos nesta luta, iremos continuar a resistir até ao levantamento das portagens", garantiu, reiterando o pedido de demissão do Governo e deixando o repto ao próximo executivo central para que levante as portagens.
Hoje, a situação não apresentava filas de carros ou queixas de espanhóis, que contaram hoje com o apoio de três funcionários da empresa para comprarem títulos, situação que não se verificava cerca das 11:30, hora em que o número de automóveis foi maior.
Confrontada com esta situação, a Estradas de Portugal, empresa responsável pelos dispositivo que permite pagar portagens nas fronteiras servidas por antigas Scut, respondeu que "os sistemas colocados à disposição são suficientes", mas frisou que está a pôr o enfoque num sistema (Easy Toll), que representa "85% do total de adesões" e "é eficaz".
Lusa/ SOL

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