Comissão de Utentes junta uma dezena de pessoas em protesto na ponte do Guadiana
29 de Março, 2013
João Vasconcelos, da Comissão de Utentes, disse que o protesto visou também pedir a "demissão do Governo para dar lugar a outro que suspenda as portagens", medida que "está a conduzir a uma catástrofe social e económica de dimensão tremendas no Algarve".
"E esta é mais uma acção nesse sentido, para fazer ver aos responsáveis políticos que as portagens não têm solução no Algarve. Foi um protesto surpresa, evidentemente relacionado com a vergonha que ontem [na quinta-feira] se verificou aqui", acrescentou, referindo-se às filas de turistas estrangeiros que quinta-feira se acumularam junto aos sistemas de aquisição de títulos para as portagens.
João Vasconcelos considerou que a acumulação de veículos estrangeiros foi "uma situação anómala que não deveria ter existido".
As pessoas de "entre 100 a 200 carros estrangeiros não tinham qualquer informação da Estradas de Portugal, era uma confusão tremenda, outros disseram que já não vinham mais ao Algarve, outros voltaram para trás", frisou.
O dirigente salientou ainda que "o Algarve vive do turismo e do comércio, que está a ter graves problemas neste momento e as portagens contribuíram para o aumento do desemprego, o aumento das falências de empresas e para impedir que mais estrangeiros visitassem o Algarve".
"Não vamos desistir, estamos há três anos nesta luta, iremos continuar a resistir até ao levantamento das portagens", garantiu, reiterando o pedido de demissão do Governo e deixando o repto ao próximo executivo central para que levante as portagens.
Hoje, a situação não apresentava filas de carros ou queixas de espanhóis, que contaram hoje com o apoio de três funcionários da empresa para comprarem títulos, situação que não se verificava cerca das 11:30, hora em que o número de automóveis foi maior.
Confrontada com esta situação, a Estradas de Portugal, empresa responsável pelos dispositivo que permite pagar portagens nas fronteiras servidas por antigas Scut, respondeu que "os sistemas colocados à disposição são suficientes", mas frisou que está a pôr o enfoque num sistema (Easy Toll), que representa "85% do total de adesões" e "é eficaz".
Lusa/ SOL
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