Milhares nas ruas do Algarve ao som da «Grândola»
Milhares pessoas saíram este sábado à rua em três cidades algarvias, para se juntar ao protesto «Que se lixe a Troika – O Povo é Quem Mais Ordena».Em Faro. a manifestação mobilizou cerca de 6 mil pessoas e em Loulé mobilizaram-se cerca de 800 cidadãos, menos que em Portimão, onde houve entre 2000 e 2500 manifestantes nas ruas.
Em Faro, a manifestação de hoje mobilizou mais pessoas que a de setembro passado, convocada pelo mesmo movimento social. Em Portimão, houve, apesar de tudo, menos gente a aderir, apesar de até haver um incentivo extra, a presença dos «Homens da Luta».
Em todas as cidades algarvias, e um pouco por todo o país, o protesto foi acompanhado por música, e é claro que a mais cantada foi a «Grândola, Vila Morena».
Em Portimão, com a ajuda dos Homens da Luta, a música e a manifestação partiram do largo frente à Casa Inglesa, percorreram as ruas do centro da cidade e voltaram à zona ribeirinha.
Pelo meio, cantou-se muito, em especial a «Grândola, Vila Morena», como não podia deixar de ser.
À chegada ao coreto frente à Casa Inglesa, os Homens da Luta voltaram a cantar, de novo Zeca Afonso, mas agora o refrão foi «O que é preciso é animar a malta», logo mudado para «O que é preciso é agitar a malta».
Em Faro, a manifestação inclui um coelho vivo, mas numa gaiola, e um coelho morto, enforcado.Mas não foram estes os únicos animais presentes: também houve cães a desfilar e, em Portimão, até um papagaio!
Em Faro, à passagem pelo balcão do BPI, foi colado um cartaz que dizia «Quem deve aqui dinheiro é o banqueiro, mas quem paga sou eu». O cartaz deixava espaço para quem quisesse assinar e houve centenas de assinaturas.
Em todas as cidades, havia cartazes e faixas com palavras de ordem contra o Governo, a Troika, os impostos e os políticos. «Chega de chulos da pátria e de nós», «Recusa, resiste, basta, acorda», «Quem te meteu no buraco (PS, PSD, CDS) não te tira dele», «Os políticos são os coveiros da nação», «Abaixo o poder político. Democracia desta não!», «Quero Viver, não quero sobreviver», «Coelho só no prato» eram algumas das frases.
Tanto em Portimão como em Faro, a manifestação terminou com várias pessoas a subir aos coretos de ambas as cidades e a falar para quem se manteve até ao fim, muitas delas empunhando faixas e cartazes.
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As fotos são da autoria de Carlos Filipe de Sousa (Faro), Elisabete Rodrigues e José Brito (Portimão)
O texto é da autoria de Elisabete Rodrigues (Portimão) e Hugo Rodrigues (Faro)
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