domingo, março 03, 2013

Milhares cantaram Grândola a uma só voz contra a austeridade

2 de Março, 2013por Ricardo Rego com Andreia Félix Coelho
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Mais de 40 cidades, em Portugal e no estrangeiro, viram milhares de portugueses nas ruas contra a troika, o Governo e as políticas de austeridade. O SOL acompanhou minuto-a-minuto os protestos.18h50 - Lisboa: Recolhem-se os cartazes. As luzes do palco ao fim da Praça, bem próximo do Tejo, apagam-se. A luta agora é outra: regressar a casa com a certeza de que o Governo liderado por Passos Coelho viu o povo a sair à rua em mais de 40 cidades em Portugal e no estrangeiro.

18h43 - Lisboa: Começa a cair a noite. Cumpriu-se um dos objectivos da organização: canta Grândola, Vila Morena às 18h30 a uma só voz. Quem passou pela Praça do Comércio, onde termina mais esta acção de protesto convocada pelo movimento 'Que se Lixe a Troika' e a que se juntou a CGTP, BE, PCP, começa a desmobilizar.
18h41 - A organização estima que um milhão e meio de pessoas estiveram nas ruas.
18h30 - Lisboa: 'Grândola Vila Morena' cantada a uma só voz no Terreiro do Paço.
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18h27 - A organização estima 500 mil pessoas em Lisboa.

18h13 – Lisboa: Fátima e António Sardinha estão na Praça do Comércio. Trouxeram os netos ao protesto ‘porque é de pequenino que se torce o pepino. Têm que ser sensibilizados já’, dizem ao SOL. António, professor universitário de 59 anos, entende que ‘é tempo de pôr este Governo na rua e pedir a renegociação da divida’. Fátima, desempregada aos 57 anos, pede ‘uma alternativa porque este modelo, como já se viu, não agrada’. Por cá vão continuar até que se cante a Grândola a uma só voz.
18h01 – Lisboa: Na rua do Ouro, onde fica o Banco de Portugal, pergunta-se ‘Quem manda no dinheiro?’. ‘É o banqueiro’, respondem os manifestantes.
18h02: Porto: A organização fala da maior manifestação de sempre com 400 mil pessoas.
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17h52 – Madrid: Uma mão cheia de cravos vermelhos, que um casal de jovens portugueses trouxe consigo, foi a única cor da manifestação, que nunca chegou a sê-lo. O protesto, que fazia parte das convocatórias de manifestações sob o lema "Que se lixe a ‘troika'", acabou por não passar de uma conversa sobre a situação em Portugal e Espanha, entre seis “manifestantes”, dois agentes da Polícia Nacional espanhola e dois jornalistas.
17h50 –Açores: Entre 300 e 400 pessoas, segundo estimativas dos organizadores, estão concentradas em Ponta Delgada, na ilha de S. Miguel para participar na manifestação "Que se lixe a 'troika'". A manifestação é encabeçada por uma faixa, que seguram crianças e adolescentes, onde se lê: "'Troika' e Passos desapeguem-se daqui".
17h36 – Vila Real: Cerca de 300 pessoas num protesto que teve como principal alvo o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, candidato pelo distrito transmontano nas últimas legislativas.
17h35 - Lisboa: Uma jornalista de uma rádio polaca aproveita um dos bancos do Rossio e envia informação para a Polónia. A imprensa internacional está a acompanhar em tempo real a manifestação em Lisboa.
17h31 - Lisboa: As comparações com o 15 de Setembro são inevitáveis. Elsa Duarte, 70 anos, reformada, garante ao SOL que desta vez 'há mais gente na rua'. Está no Rossio pelos filhos desempregados e pelo futuro da neta. 'Abril está quase aí. Este Governo não deveria viver muito mais tempo', considera.
17h30 - Lisboa: O SOL pergunta a um grupo de manifestantes que segurava uma faixa com o rosto de Zeca Afonso a que movimento pertencem. 'Somos o povo', respondem. Pertencem ao movimento Múmia Jammal que segue atrás do Sindicato dos Professores do Sul e Ilhas. A CGTP avisou que ia marcar presença nesta manifestação e gritar palavras de ordem contra o que dizem ser o 'pacto de agressão'.
17h12 - Évora: Algumas centenas de pessoas concentradas na Praça do Giraldo. Durante a tarde, os manifestantes têm assistido à actuação de artistas que cantam temas de intervenção, entre os quais "Os Vampiros", de José Afonso.
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17h10 - Braga: Os cravos voltaram à rua pelas mãos dos manifestantes que aderiram ao protesto, exigem "mudanças", a "saída do Governo" e emocionam-se ao lembrar que "não foi para isto" que lutaram. Mais de quatro mil pessoas "trouxeram Abril à rua". De punho erguido entoaram-se cânticos "anti-troika", apelaram à "chacina política", partilharam histórias, choraram. Cantaram a Grândola.
17h09 - Lisboa: Ainda a descer a avenida, o grupo Farra Fanfarra toca Grândola, Vila Morena. Depois de ontem, Jorge Palma ter estreado uma versão ao piano, hoje é a vez de Farra Fanfarra apresentar a sua versão da senha de Abril.

17h08 – Madeira: A praça do Município, no Funchal, repleta de pessoas que aderiram à manifestação “Que se lixe a ‘troika’”, gritando que “já basta de austeridade”. “Passos e Jardim rua” foi uma das frases de ordem ouvidas no início da manifestação, tendo os participantes unido as vozes para entoar o “Grândola, Vila Morena” e declarando que “o povo unido jamais será vencido”.
17h06 - Setúbal: Cerca de duas a três mil pessoas concentraram-se no Largo José Afonso e desfilaram pela Avenida Luísa Todi. “Parem de nos roubar”, “Solta a Grândola que há em ti”, “Revolução dos escravos” foram algumas das palavras de ordem exibidas em centenas de cartazes que alguns manifestantes trouxeram para esta acção de protesto, que foi engrossando à medida que ia percorrendo a Avenida Luísa Todi.
16h56 - Beja: Centenas de pessoas estão concentradas no Largo do Museu. Alguns dos manifestantes estão a empunhar cartazes, em que apresentam as fotografias dos líderes do PSD, CDS-PP e PS com as frases: "Eles têm um pacto de agressão, nós temos o nosso de luta" e "Há tempo demais a levar com eles". Um dos manifestantes apresenta um número de identificação fiscal colado na testa e um cartaz ao peito, onde se pode ler: "Abaixo a escravatura fiscal".
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16hh55 - Lisboa: Manifestantes gritam 'Espanha, Grécia e Portugal, a nossa luta é internacional'.
16h55 - Faro: Cerca de mil pessoas concentradas na Praça do Carmo, em Faro, munidas de faixas e cartazes. No protesto podem ver-se cartazes como "o povo é quem nada", "Queremos trabalho", "Demissão do Governo, já", empunhados por pessoas de todas as idades, e ouvem-se igualmente palavras de ordem a pedir a demissão do Governo, o fim das medidas de austeridade e que "está na hora de o Governo ir embora".
16h50 - Covilhã: Várias centenas de pessoas aderiam ao movimento e estão reunidas em frente à Câmara Municipal, com alguns discursos contra a política do Governo.
16h45 - Lisboa: Não será arriscado dizer que pelo menos uma em cada cinco pessoas tem consigo uma máquina fotográfica. Mais ou menos amadores, todos querem registar como sabem e como podem um protesto que, de acordo com o manifesto do movimento organizador, saiu à rua para pedir a demissão da maioria PSD/CDS.
16h40 - Castelo Branco: Cerca de 700 pessoas estão concentradas em frente à Câmara. Empunhando cartazes com palavras de ordem contra o Governo, cravos e ao som de Grândola, Vila Morena”, de José Afonso, uma das senhas de Abril de 1974, os manifestantes vão dando colorido ao protesto.
16h46 - Lisboa: 'Passos, escuta! O Povo está na rua!', gritam os manifestantes que acenam com lenços brancos pela demissão do Governo.
16h38 - Guarda: Cerca de 200 pessoas estão concentradas na Praça Velha para participarem na manifestação “Que se lixe a ‘troika’, o povo é que mais ordena”. Alguns dos manifestantes exibem cartazes, nos quais se podem ler: “Eles comem tudo”, “Ouçam-nos”, “O povo vencido jamais será unido”, “Adeus pátria, família”.
16h38 - Leiria: Centenas de pessoas protestam no centro da cidade e algumas delas exibem cartazes com palavras de ordem sobretudo dirigidas a Passos Coelho e a Miguel Relvas.
16H30 - Viseu: Cerca de 600 pessoas saíram do largo de Santa Cristina, em Viseu, para um desfile pela cidade, gritando “FMI fora daqui” ou “A rua é nossa”. Levando na frente uma faixa preta com a inscrição “O Povo é quem mais ordena”, os manifestantes subiram a rua Alexandre Lobo em direcção à rua Formosa, onde vão ficar concentrados.
16h23 - Lisboa: A eurodeputada socialista Ana Gomes está na manifestação em Lisboa contra “as políticas de ‘austeracidade’ que estão a matar o povo português” e porque quer ver este Governo “na rua”.
16h21: Lisboa: Os manifestantes da Associação Portuguesa de Reformados estão com chapéus-de-chuva brancos junto à estátua alusiva à Grande Guerra. 'Não somos descartáveis!' pode ler-se em letras a preto.
16H20: Lisboa: Muitos cães no protesto. Ao colo, de trela ou até em carrinhos de mão, os cães não faltaram à chamada.
16h16 - Lisboa: As principais lojas de luxo da avenida da Liberdade estão abertas. «A polícia garantiu-nos que seria pacífico», disse ao SOL uma das funcionárias de uma loja de alta costura.
16h15: Lisboa: Praça dos Restauradores está cheia. Na avenida, a manifestação segue sem atropelos na faixa principal.
16h14 - Lisboa: 'Governo, ladrão, não levas um tostão' e 'é urgente, éurgente correr com esta gente', cantam manifestantes.
16h13 - Porto: Milhares de pessoas, desde crianças a idosos, reunidas em protesto na Praça da Batalha, onde se pôde ouvir o grito “Que se lixe a ‘troika’, o povo é quem mais ordena”. Mais perto da hora certa, juntou-se ao protesto principal a ‘maré da Educação’, que marchou desde as instalações da antiga DREN, com um conjunto de gaitistas de foles que tocavam a “Grândola, Vila Morena”. Em frente ao cinema Batalha, há pouco espaço para que as pessoas se consigam movimentar tal é a concentração de manifestantes.
16h11 - Lisboa:O secretário-geral da intersindical CGTP-IN, Arménio Carlos, diz que o Governo “sabe que está por um fio” e “tornou-se um problema que impede a solução” para a saída da crise.
16h05 - Lisboa: Nos passeios da principal faixa de rodagem da avenida da Liberdade, milhares de pessoas esperam o momento certo para se juntar ao protesto.
16h00 - Lisboa: 'Grândola, Vila Morena' e hino recuperados da revolução de Abril para esta manifestação. A abrir o protesto está um veículo ligeiro com a música de Zeca Afonso.
15h59 - Lisboa: 'O povo unido jamais será vencido' gritam os manifestantes.
15h58 - Lisboa: A cabeça da manifestação já começou a descer a avenida. Mas ainda há muitas pessoas que só agoram começam a chegar ao Marquês.
15h53 - Lisboa: Em dia de ajuntamento popular, há quem aproveite para fazer negócio nas ruas: castanhas assadas, amendoim torrado e água fresca à venda.
15h50 - Lisboa: 'Temos de mandar a ASAE a Belém, porque o pastel está morto' diz um manifestante à TVI.
15h49 -  Lisboa: A Maré da Educação , que estava em protesto junto ao Ministério que tutela o sector, acaba de chegar ao Marquês.
15h48 - Lisboa: Os movimentos e plataformas presentes no Marquês de Pombal vão distribuindo panfletos onde apelam à participação cívica. É o caso dos Indignados de Lisboa que pedem luta para «o fim da política de empobrecimento»
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15h45 - Lisboa: Na rotunda e nos passeios da avenida da Liberdade há quem ultime a preparação dos cartazes. A criatividade não é poupada e o Governo e a troika são os principais alvos.
15h45 - Santarém: Cerca de 200 pessoas junto ao Centro de Emprego para participarem na manifestação.
15h30 - Braga : A manifestação arrancou com uma "performance" de teatro que "aponta o dedo" ao "suposto" empreendedorismo, seguindo-se uma marcha pela cidade a "exigir a uma só voz" a demissão do Governo.
15h30 - Lisboa: Milhares de pessoas já estão concentradas na praça Marquês de Pombal em Lisboa. Faltam 30 minutos para o início do desfile na Avenida da Liberdade rumo ao Terreiro do Paço. A música de Zeca Afonso vai recordando os manifestantes que o momento pede união popular.
15h25 - Lisboa: Médicos, enfermeiros e muitos estudantes ligados à saúde começaram a descer rumo ao Marquês de Pombal.
15h15 -Coimbra: Mais de três mil pessoas estão hoje concentradas na Praça da República. Uma centena de reformados, encabeçada por dirigentes da recém-criada associação APRe! (Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados), foi bastante aplaudida quando chegou ao local.
15h00 - Lisboa: Mais de 150 pessoas concentradas em frente à Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, pela defesa da instituição e por um Serviço Nacional de Saúde “universal, geral e tendencialmente gratuito”.
15h00 –Açores: Cerca de 160 pessoas numa das maiores manifestações ocorridas na Horta, na ilha do Faial, nos últimos anos.
15h00 -Viana do Castelo: Algumas centenas de manifestantes concentradas na principal praça da cidade em protesto contra as medidas de austeridade e reclamando a saída da ‘troika'.
   14h30 - Paris: Elementos do Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas, que estavam reunidos em assembleia geral, juntou-se aos manifestantes. O protesto reuniu pessoas de todas as faixas etárias e terminou ao som de “Grândola, Vila Morena”.
13h30: Paris: Manifestantes começaram a concentrar-se a cerca de 80 metros do consulado-geral de Portugal.
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com agência Lusa

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