Portagens: apelo à «desobediência civil» no Algarve
Comissão de Utentes da Via do Infante apelou aos algarvios para que não comprem o Dispositivo Electrónico de Matrícula e não paguem portagens
«Os algarvios e outros cidadãos deverão, para já, enveredar por formas de luta como a desobediência civil, não comprando os dispositivos de cobrança e não pagando a Via do Infante - que já está paga -, pelo menos, numa primeira fase, provocando assim o entupimento do sistema. Ou então, boicotar a Via do Infante, não circulando nesta via, demonstrando que a EN 125 não representa qualquer alternativa credível», defendeu a Comissão.
Num comunicado divulgado esta sexta-feira, a Comissão de Utentes da Via do Infante, uma das quatro SCUT que começaram a ter portagens na quinta-feira, considerou que «o dia 8 de Dezembro de 2011 é um dos dias mais negros na história e na vida do Algarve e dos algarvios devido à imposição de portagens» e insistiu nos efeitos negativos que a medida tem para o turismo.
«Com as portagens, milhares de vizinhos espanhóis e outros estrangeiros vão deixar de visitar o Algarve, havendo já indícios nesse sentido. Tal facto contribuirá para a catástrofe social e económica da região. O que se passou com estes visitantes no primeiro dia de cobrança, com as máquinas avariadas, devia cobrir de vergonha os nossos governantes», referiu a Comissão.
Em causa está uma máquina que a empresa Estradas de Portugal colocou no Parque de Fronteira junto à Ponte Internacional do Guadiana, no início da A22, para que os espanhóis pudessem ter forma de pagar a portagem, mas uma avaria impediu que isso acontecesse, levando muitos turistas a criticarem a medida e a forma de pagamento escolhida para a A22.
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