sábado, dezembro 10, 2011


Utentes da A22 apelam à desobediência civil

A Comissão de Utentes da Via do Infante apelou, esta sexta-feira, aos algarvios para que não comprem o Dispositivo Electrónico de Matrícula e não paguem as portagens na A22, numa atitude de "desobediência civil" contra a medida.
"Os algarvios e outros cidadãos deverão, para já, enveredar por formas de luta como a desobediência civil, não comprando os dispositivos de cobrança e não pagando a Via do Infante - que já está paga -, pelo menos, numa primeira fase, provocando assim o entupimento do sistema. Ou então, boicotar a Via do Infante, não circulando nesta via, demonstrando que a EN 125 não representa qualquer alternativa credível", defendeu a Comissão.
 
foto Fernando Timóteo/Arquivo
Utentes da A22 apelam à desobediência civil
Comissão apela a que utentes não paguem
 
Em comunicado, a Comissão de Utentes da Via do Infante, uma das quatro SCUT que começaram a ter portagens na quinta-feira, considerou que "o dia 8 de Dezembro de 2011 é um dos dias mais negros na história e na vida do Algarve e dos algarvios devido à imposição de portagens" e insistiu nos efeitos negativos que a medida tem para o turismo.
"Com as portagens, milhares de vizinhos espanhóis e outros estrangeiros vão deixar de visitar o Algarve, havendo já indícios nesse sentido. Tal facto contribuirá para a catástrofe social e económica da região. O que se passou com estes visitantes no primeiro dia de cobrança, com as máquinas avariadas, devia cobrir de vergonha os nossos governantes", referiu a Comissão.
Em causa está uma máquina que a empresa Estradas de Portugal colocou no Parque de Fronteira junto à Ponte Internacional do Guadiana, no início da A22, para que os espanhóis pudessem ter forma de pagar a portagem, mas uma avaria impediu que isso acontecesse, levando muitos turistas a criticarem a medida e a forma de pagamento escolhida para a A22.
A Comissão de Utentes recordou que o Algarve está "a viver uma das maiores crises de que há memória e, irá sucumbir irremediavelmente se as portagens não forem anuladas", uma vez que muitas empresas vão falir, o desemprego vai aumentar, "o Turismo irá sofrer uma estocada mortal" e a EN 125 irá voltar a "transformar-se de novo na 'estrada da morte'", devido ao aumento do tráfego deixará de circular na A22.
JN

1 comentários:

Anónimo disse...

Eu não vou comprar o DE nem pagar a via do infante, simplesmente porque decidi não usá-la. Cada um é livre de protestar como entender, mas se todos fizessem como eu, e a via do infante ficasse deserta, não recebiam nem um cêntimo - e não é por alguns dias, é enquanto houver portagens. Claro que isso causa um grande incómodo, mas nada se consegue sem sacrificios. Agora decidam: comodidade ou luta! E não é preciso qualquer desobediência, nem teremos qualquer penalização legal. É só não usar!