quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Portugal tem a quinta maior taxa de desemprego da OCDE

A OCDE divulgou esta terça-feira os dados de desemprego em 2010 nos 39 estados membros. Portugal acabou o ano com uma taxa de desemprego nos 10,9% e foi também o quarto país onde o desemprego mais subiu.
Portugal tem a quinta maior taxa de desemprego da OCDE
Portugal, empatado com a Eslovénia, foi também o quarto país da OCDE onde o desemprego mais subiu. Ao longo de 2010, a taxa de desemprego em Portugal sofreu um agravamento de 1,3 pontos percentuais. Foto de Carla Luís.
Portugal fechou o ano com 10,9 por cento de desempregados - número que coincide com os dados avançados pelo INE -, muito acima da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que é de 8,5 por cento. Contudo, os números do desemprego real andarão pelos 11% se contarmos com os desempregados de longa duração já não inscritos nos centros de desemprego, os trabalhadores precários e a recibos verdes que oscilam entre situações de (des)emprego.
Portugal tem o quinto pior desempenho em matéria de empregabilidade, só ultrapassado pela Espanha, que lidera a tabela com 20,2 por cento de desempregados, a Eslováquia com 14,5 por cento, a Irlanda, com 13,8 por cento ea Hungria com 11,7 por cento.
A Coreia tem a menor taxa de desemprego dos países da OCDE - 3,6 por cento - e, na Europa, é a Holanda que tem o menor número de desempregados - 4,3 por cento.
A relato da situação não é de todo animador: Portugal, empatado com a Eslovénia, foi também o quarto país da OCDE onde o desemprego mais subiu. Ao longo de 2010, a taxa de desemprego em Portugal sofreu um agravamento de 1,3 pontos percentuais.
As subidas mais expressivas observaram-se na Eslováquia (mais 2,5 pontos) e em Espanha (mais 2,1). Segue-se a Irlanda, onde o desemprego subiu 1,6 pontos.
Aumentam desempregados com graduações superiores
São jovens com menos de 35 anos, uma maioria de mulheres, na maior parte dos casos à espera de colocação há menos de um ano.
Esta semana foi noticiado pelo Público que em Junho de 2010 havia cerca de 43 mil diplomados inscritos no centro de emprego - mais 15 por cento do que um ano antes. Continuam a ser uma pequena fatia do universo dos que não têm trabalho (oito por cento). Mas o número de desempregados com um curso superior aumentou. E a um ritmo maior do que o registado no desemprego em geral, que subiu 12 por cento, segundo um relatório do Ministério da Ciência e Ensino Superior divulgado esta semana.
No terceiro trimestre de 2010, do total de 609 mil desempregados, 11,2 por cento tinham concluído um curso superior: eram 68,5 mil, segundo o INE, mais 6,5 por cento do que no ano anterior.
Outros números: os desempregados sem qualquer nível de instrução aumentaram 14,7 por cento, entre Junho de 2009 e Junho de 2010; os que têm apenas o 1.º ciclo, 7,1 por cento; os que têm o 2.º ciclo, 9,3 por cento; entre quem tem habilitações superiores o aumento atingiu os tais 15 por cento.
Esquerda.net

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