segunda-feira, julho 25, 2011

CONTRA AS PORTAGENS NA VIA DO INFANTE

(Firmeza e coerência na defesa do Algarve e contra a campanha lançada a favor das portagens)

1 - As acções desenvolvidas pela Comissão de Utentes têm sido muitas e devido a essa dinâmica muitas pessoas têm-nos posto outros problemas.
Com a experiência adquirida, em reunião realizada no dia 19 de Julho, foi decidido alargar o âmbito da nossa intervenção e abrir a participação na direcção a outros representantes da sociedade civil. Agradecemos desde já os fortes contributos que nos vêm dar.
Tendo em vista a criação de uma Associação para a mobilidade em geral e segurança, já temos uma Comissão Instaladora (conforme lista). Além da Via do Infante e transportes rodoviários, actuará em relação a todas as vias/meios de transportes e outras questões estratégicas do Algarve.

2 - Por causa das declarações de concordância com as portagens feitas por dirigentes de entidades públicas regionais e sua gravidade, em reunião realizada esta terça-feira ao fim da tarde, foi unanimemente considerado ser um direito da Comissão de Utentes dar uma resposta pública formal.
No entanto, é oportuno referir que estamos aqui com convicções profundas e por coerência. Os nossos lemas são os mesmos de sempre.
SIM à ECONOMIA, EMPREGO, SEGURANÇA
NÃO às PORTAGENS NA VIA DO INFANTE

Temos uma postura independente e não fazemos ziguezagues por alinhamentos partidários ou governamentais.
Sempre fomos contra as portagens, mesmo com a requalificação da EN 125, que nunca será alternativa.
As portagens são injustas porque a Via do Infante nem sequer é uma SCUT, sendo a situação do Algarve completamente diferente do resto do país.
As razões da nossa luta resultam do facto do Algarve atravessar uma das maiores crises de sempre, com falências, desemprego e problemas sociais. Para o turismo, economia em geral e deslocação das pessoas, seriam muito graves as consequências de portagens.
O que se exige é que o Governo apresente um plano e medidas para a recuperação, em vez de querer impor portagens que seriam um desastre económico e social e provocariam mais acidentes e mortes na EN 125.
Foi por isso que simbolicamente escolhemos este espaço junto à EN 125, já com um trânsito infernal, mesmo sem portagens.

3 – Concluímos ser muito grave a conduta do Presidente da AMAL (mesmo que diga que fala a título pessoal), Eng. Macário Correia, lançando uma campanha para os algarvios concordarem e se resignarem com as portagens.
Repudiamos tais declarações e salientamos que durante a luta iniciada há cerca de um ano, o Eng. Macário Correia foi mudando de posição várias vezes sobre as portagens, dizendo-se umas vezes contra e noutras ”não foi carne nem peixe”. Agora, por alinhamento com o Governo, ao declarar concordar com as portagens desacreditou-se perante os algarvios e o país, embora já esteja novamente a tentar a dar o dito por não dito. O pior é que prejudica o Algarve.
Os membros da Comissão de Utentes sentem-se ofendidos e traídos. No início, o Eng. Macário Correia atacou-nos e agora apesar de ter integrado a plataforma anti-portagens e se ter servido das nossas iniciativas para ter protagonismo, aceita-as.
As desculpas que dá sobre a crise para ter mudado de posição são falsas, porque a crise já está declarada pelo menos há um ano, com os PECs e as medidas da troika ainda antes das eleições. Quanto ao Algarve a situação agravou-se, o que torna ainda mais forte a razão para não haver portagens.

4 – Nesta declaração destacamos mais as seguintes questões:
- Registamos a revolta e indignação que a concordância com as portagens do Eng. Macário Correia provocou junto dos algarvios;
- Se houver portagens, responsabilizamos o Eng. Macário Correia e os que estão ou vierem a estar a seu lado, pelo agravamento da crise da região e o aumento de mortes e feridos na EN 125;
- Manter-nos-emos firmes na luta contra as portagens, com várias iniciativas de rua, jurídicas, na Assembleia da República (apelando-se aos Deputados para votarem pela não implementação de portagens na Via do Infante) e junto do Governo;
- Continuamos abertos à sociedade civil e entidades públicas que estão contra as portagens (não as condicionando à requalificação da EN 125), para terem uma participação ativa na contestação;
- Apelamos aos algarvios para não se resignarem e para que, com determinação, continuem a lutar contra as portagens no Algarve.

Faro, 22 de Julho de 2011
A Comissão Instaladora da Associação a criar:
João Vasconcelos
João Caetano
José Vitorino
José Amaro
Fátima Conceição
José Domingos
António Almeida
João Martins
Conferência de imprensa

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