sexta-feira, janeiro 13, 2012

Portimão: BE diz que plano de reabilitação urbana está desfasado da realidade

O Bloco de Esquerda (BE) considerou hoje que o plano de Reabilitação Urbana de Portimão, que a autarquia pretende realizar, “está desfasado da realidade” e que não faz sentido a sua concretização em período de grave crise económica.

Em conferência de imprensa, os bloquistas asseguram que “não estão contra a reabilitação do centro histórico, com a recuperação dos edifícios degradados, mas sim contra o plano aprovado pelo Executivo autárquico de maioria socialista”, que será discutido e votado em Assembleia Municipal, no dia 16 de janeiro.

O plano estratégico de reabilitação do centro histórico de Portimão abrange 17 hectares e 726 edifícios, a concretizar em quatro fases. Prevê intervenções específicas na zona ribeirinha e na área envolvente à estação da CP, num investimento global de quase 24,9 milhões de euros.

Segundo a autarquia, a verba será suportada pelos proprietários dos imóveis, por parcerias entre entidades públicas e privadas e com recurso a fundos de financiamento, como o programa comunitário JESSICA.

Segundo o Bloco de Esquerda, o plano “não serve, porque mete tudo no mesmo saco”, como a recuperação dos edifícios, a construção da Cidade Cinema e de um teleférico.

“Não faz sentido que numa altura de crise se pretendam construir projetos megalómanos, verdadeiros ‘elefantes brancos’, que em nada contribuem para a economia do concelho”, alega o BE.

O bloco justifica a sua oposição ao plano, observando que o mesmo “irá contribuir para aumentar os 123 milhões de euros da dívida do município, quando tem em preparação um plano de saneamento financeiro para pagar aos credores”.

“Não faz qualquer sentido esta posição megalómana”, sublinham os bloquistas.

O BE defende a divisão do plano de reabilitação urbana de Portimão em três fases: a primeira, a recuperação dos edifícios degradados da zona histórica da cidade, e noutra fase, a construção da Cidade Cinema e do teleférico, que prevê a ligação da zona ribeirinha à Praia da Rocha.

“É necessária uma consciência da realidade económica”, defende o BE, que critica ainda a gestão do plano pela empresa municipal Portimão Urbis, a quem a autarquia “delegou todas as competências”. 
In Diário Online
 
Comentário:
Nesta notícia há um excerto que não corresponde à realidade, não tendo sido bem percebida pelo jornalista, trata-se do penúltimo §. O que o Bloco disse e vai propor é a divisão do ponto em 3 partes separadas: reabilitação urbana - votando a favor; construção da "cidade de cinema"  e do teleférico - votando contra.

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