quarta-feira, abril 11, 2012

Utentes da A22 organizam debate e equacionam marcha lenta na ponte do Guadiana

A Comissão de Utentes da Via do Infante anunciou hoje que vai organizar um debate para discutir as consequências das portagens e pondera a realização de uma marcha lenta na Ponte Internacional do Guadiana com os vizinhos da Andaluzia.

O “debate/assembleia” está agendado para sábado, pelas 16:00, na sede do Moto Clube do Guadiana, na Aldeia Nova (junto à EN125), Vila Real de Sto. António, anunciou hoje a Comissão de Utentes da A22 em comunicado.

O objetivo deste encontro passa por debater as portagens na A22 [Via do Infante] e as suas consequências no Algarve, e aprovar novas iniciativas e ações a favor da sua suspensão, nomeadamente uma marcha lenta luso-espanhola sobre a Ponte Internacional do Guadiana.

Para este debate, a Comissão de Utentes endereçou convites à Associação de Municípios do Algarve, às autarquias e a várias entidades e associações da região, que serão convidadas a subscrever o Manifesto luso-espanhol de apoio à área transfronteiriça (Algarve-Huelva) livre de portagens.

A comissão faz um balanço “negro” dos quatro meses de “imposição” de portagens na Via do Infante, com “quebras de tráfego superiores a 60 por cento”, e afirma que o número de acidentes, mortos e feridos graves na EN 125 mais do que duplicou.

Por outro lado, refere que o mercado turístico espanhol na região “decresceu assustadoramente” no período da Páscoa, registando uma descida de mais de 30 por cento, o que representa “uma estocada mortal” para um dos principais mercados de turismo no Algarve.

Segundo a comissão de utentes, a região está a assistir a um retrocesso de 20 anos ao nível da mobilidade na região e sublinha que o que sucedeu nos últimos dias devia constituir “uma vergonha para os nossos governantes.”

Esta segunda-feira, o deputado algarvio Cristóvão Norte (PSD) defendeu a revisão do sistema de cobrança de portagens na A22 e comparou a situação que se registou esta Páscoa no Algarve com a época em que ainda havia fronteiras.

Antevendo uma maior afluência de espanhóis ao Algarve no período de Páscoa, a Estradas de Portugal e a Via Verde colocaram funcionários na Ponte do Guadiana para ajudar na compra de títulos que permitem viajar na Via do Infante (A22 - Vila Real de Santo António/Lagos).

Contudo, formaram-se mesmo assim filas de grande dimensão na fronteira entre o Algarve e Andaluzia, com os visitantes espanhóis a queixarem-se da complexidade do sistema de pagamento. 
Diário Online

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