Desemprego: Portugal atinge taxa de 15%
O Eurostat publicou esta segunda-feira um novo relatório, relativo a Fevereiro, no qual Portugal apresenta uma taxa de desemprego situada nos 15 por cento, a terceira mais elevada da UE. Também o desemprego jovem continua a subir, atingindo os 35,4 por cento, a segunda maior taxa na Zona Euro, a seguir à Espanha, onde mais de metade dos jovens está no desemprego.
Segundo o Banco de Portugal, serão destruídos 170 mil postos de trabalho já este ano e 33 mil em 2013. Foto de Paulete Matos.
De acordo com o gabinete de estatísticas da União Europeia, apenas Espanha (23,6 por cento) e a Grécia (21 por cento, em dados que remontam a Dezembro de 2011) se encontram em pior situação que Portugal.
Segundo o Eurostat, a taxa de desemprego permaneceu inalterada em Fevereiro na zona euro, nos 10,8%, mantendo assim o recorde de 25 anos, ao passo que no conjunto dos 27 da UE o valor avançou 0,1 por cento para 10,2 por cento.
Já no que toca ao desemprego jovem, este subiu em Portugal dos 26,9 por cento para os 35,4 por cento, ficando assim a segunda maior taxa neste tipo de desemprego na Zona Euro a seguir à Espanha. Aqui ao lado, mais de metade dos jovens com menos de 25 anos estam no desemprego. De acordo com os dados revelados pelo Eurostat são já 50,5% os jovens sem trabalho naquele país.
Cenário de projeções não é animador num país que conta com mais de 1 milhão e 200 mil desempregados
Ainda na semana passada, no seu Boletim de Primavera, o Banco de Portugal (BdP) reviu em alta a redução do emprego. Se, no Boletim de Inverno, o BdP apontava para um recuo de 1,8% no emprego já este ano, esta instituição veio agora apresentar números ainda mais penalizadores, apontando para um decréscimo de 3,6%. Serão destruídos 170 mil postos de trabalho já este ano e 33 mil em 2013.
Além disto, o número de trabalhadores em risco de despedimento coletivo mais do que duplicou até fevereiro deste ano, face ao período homólogo de 2011, com mais de 200 empresas a iniciar este tipo de processos em Portugal continental em 2012.
Segundo os dados publicados pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), em comparação com igual período do ano passado, o número de trabalhadores que as empresas tencionam despedir nos próximos meses ao abrigo de processos de despedimento coletivo disparou 116,9 por cento até fevereiro para 2.037 pessoas.
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