Acordo preso na majoração. Há 14 horas a negociar. Ufa! isto é de loucos! O país está maluco!
Filipe do Paulo, dirigente de um micro-sindicato de nome "Pro-Ordem" teve, há pouco, os 10 minutos de fama com uma longa entrevista à RTP. O homem parecia saído de um filme de terror: olhos esbugalhados, suor a escorrer pela fronte e fala arrastada. Não foi fácil perceber o que Filipe do Paulo disse. De súbito, tive pena dele. Se fosse eu, estaria no mesmo estado lastimoso. Coitados! O que estes sindicalistas sofrem. 14 horas a pão e água?
Deu para entender que a ministra está reunida com a Fenprof desde as 20:00 e que os restantes sindicatos esperam ansiosamente que dessa reunião saia fumo branco.
Ao que tudo indica, o acordo está preso por uma majoração que permite aos professores com Bom, encalhados à entrada do 5º e do 7º escalões, ganharem meio ponto por cada ano. Com a majoração será possível que os docentes encalhados acabem por desencalhar ao fim de 3 ou 4 anos.
Mas o problema é que a ministra só admite que tal se verifique até 2013 o que quer dizer que, daqui a 4 anos, volta tudo a ficar como dantes: os bons ficam encalhados sem garantia de serem salvos pela majoração.
Enquanto se discute o magno problema da majoração, as questões que estão a destruir a qualidade da escola pública ficam de fora da maratona de 14 horas:
Burocracia excessiva
Cargas horárias abusivas
Construção fraudulenta do sucesso escolar
Erosão da autoridade dos professores
Modelo de avaliação que sufoca as escolas com burocracia e premeia os descarados, os amigos e os que são exímios no show-off.
ProfAvaliação
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