domingo, janeiro 24, 2010

O holocausto haitiano
Criança haitiana ferida. Foto de United Nations Development Programme, FlickR
Dez dias depois do terramoto que arrasou o Haiti, ainda não se sabe quantas pessoas morreram, a ajuda chega apenas a conta-gotas, os riscos de epidemias são cada vez maiores. O povo haitiano continua a morrer por causa do terramoto, mas também em consequência de séculos de exploração colonial.
Começamos este dossier recordando a Revolução haitiana (1791-1803) que levou à eliminação da escravatura e ao estabelecimento do Haiti como a primeira república governada por um descendente africano. Em seguida, Bill Quigley afirma que os EUA devem milhares de milhões ao Haiti. E Peter Hallward afirma que se quisermos ajudar seriamente este devastado país, temos de desistir de controlá-lo e de explorá-lo. Ashley Smith questiona: Ajuda humanitária ou ocupação militar? Já Greg Palast denuncia que para Robert Gates, secretário da Defesa de Obama, trata-se da segurança em primeiro lugar. Blackwater antes da água potável. E Gustavo Toshiaki escreve sobre A Economia Política do desastre no Haiti. É preciso defender a democracia no Haiti, lembra Mark Weisbrot. O deposto presidente Aristide quer retornar ao seu país, algo reivindicado pela maioria dos haitianos, mas os EUA não o querem ali. E politicamente, o que acontecerá ao Haiti? Pode parecer preocupação excessiva pensar isso agora, mas não é, defende Werner Garbers.
Terminamos o dossier com a tão falada questão da segurança: Jeremy Scahill denuncia que as empresas de segurança privada dos EUA já se apressam a oferecer "serviços" e Francisco Peregil mostra como o director da principal companhia de segurança privada do Haiti justifica as execuções de delinquentes em plena rua face à inoperância policial.
Esquerda.net

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