Em vez de duas curtas, por que não apenas uma grande? Um apelo da Francisca Lopes
Mensagem recebida por mail e que aqui divulgo com a devida autorização da autora:
Paulo e Ramiro:
1. Porque vos considero duas pessoas de bom senso, permitam-me enviar-vos o seguinte mail que colocarei também nos vossos blogues. É evidente que é uma opinião e respeito todas as outras, mas pensemos que por muita adesão que parece transparecer nos comentários em relação a dia 15 e por muitos professores (milhares) que por aqui passam, a força da blogosfera ainda não chega à força da Comunicação social e essa só vai falar de dia 15. Não demos tiros nos pés!!!
“Tenho pensado muito sobre o assunto desde ontem e, se me permitem, dou a minha opinião!
2. DUAS manifestações no espaço de uma semana é um suicídio!
-A comunicação social praticamente não fala de dia 15!
-Mário Nogueira errou e MUITO ao não aceitar o dia 15, já que pretendia uma manifestação em Novembro (Será que pretendia ou foi arrastado pelo movimento que surgiu na blogosfera?)
-Estamos MUITOS zangados com os Sindicatos e temos razão para isso. Mas será que neste momento o nosso INIMIGO são os SINDICATOS?
-O que ganhamos com este braço de ferro?
TOTALMENTE de acordo com o que aqui se tem dito, os Sindicatos deveriam ter seguido a vontade dos Professores.Mas não o fizeram…mas a nossa LUTA, repito, agora deve ter outro alvo e só JUNTOS e não divididos o conseguiremos.
3. Porque não dar uma bofetada de luva branca? Porque não irmos TODOS dia OITO, sem bandeiras, atrás dos sindicatos (na cauda, se quiserem)? Até podemos levar uma faixa a dizê-lo, do género SOU PROFESSOR/A NÃO SINDICALIZADA/O!
Eu não sou sindicalizada, nunca fui e na minha (já longa !) vida de professora! Fui a DUAS únicas manifestações: dia 8 de Março e uma distrital. Estava determinada e entusiamada em ir dia QUINZE! Ontem fiquei com o coração partido quando ouvi o MN. Decidi a quente NUNCA mais ir a uma manifestação. Hoje, porque cheguei à conclusão de que não quero NADA do Mário Nogueira mas sim a dignidade que me roubaram, vejo que não é às turras uns com os outros que vamos conseguir.
Sei que MUITOS de vocês não concordam com esta minha posição mas permitam-me o desabafo.
Se houver duas manifestações provavelmente não vamos a nenhuma: o meu cara metade também é Professor.
Um abraço a todos.
. Sou Titular, 10º escalão Coordenadora de Departamento e avaliadora mas completamente revoltada com o que se passa na Escola em Portugal.
Francisca S. Lopes
Comentário
Não vou perder mais tempo com a questão. Fui activista de um partido político entre 1972 e 1975. Desde 1976 que me mantenho afastado dos partidos políticos e não tenciono nunca mais aproximar-me deles. Fui sindicalizado durante muitos anos e até pertenci, durante 8 anos, à direcção de um sindicato. Não sabiam? É verdade! Nunca quis protagonismos nem destacamentos. Sou professor ha 34 anos e só tive um ano sem dar aulas: porque fui bolseiro para terminar a tese. Em 2005, desvinculei-me do sindicato. Para sempre! Apesar disso, continuo a considerar os sindicatos necessários. Tal como os partidos: são maus, mas necessários. Tal como esta democracia: é má, mas necessária. Enquanto o processo histórico não criar um regime melhor e organizações profissionais mais adequadas, temos de viver com que temos. Posto isto, decidi ir à manifestação do dia 8/11 e à marcha do dia 15/11. Não irei ao Plenário porque já conheço a cassete. Mas estarei na manifestação logo que o Plenário termine. Onde é que eu quero chegar com este arrazoado? Apenas aqui: ainda há tempo de fazermos uma única manifestação. O apelo da colega Francisca Lopes faz sentido. Vamos reflectir nele? Sem quaisquer ilusões acerca dos sindicatos. Mas também sem acrimónia. Sem azedume!
ProfAvaliação
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