sexta-feira, outubro 31, 2008

Essas ameaças são sinal de desespero...


Notícia da Lusa:

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, advertiu hoje que os professores que não se submeterem ao processo de avaliação "não reunirão condições para progredir na carreira, como qualquer funcionário público".
(...)
"Há professores que não querem ser avaliados e já o sabemos há muito tempo, mas o país não entenderá que os professores sejam uma classe à parte, pelo que terão de estar sujeitos a regras de avaliação como os outros profissionais", comentou.
Questionada sobre as consequências para aqueles que não aceitarem ser submetidos ao modelo de avaliação, Maria de Lurdes Rodrigues foi peremptória: "A consequência imediata é que, não sendo avaliado, o professor não reúne as condições para progredir na carreira, como qualquer funcionário público".
(...)
Lusa/Fim

Comentário:

A resposta da Ministra ao caos que provocou nas escolas e à Manifestação de 8 de Novembro é a esperada: chantagem e intimidação.

Confirmam-se as suspeitas do pós 8 de Março: afinal, as falinhas mansas do ministério sobre a avaliação do modelo no final do ano lectivo eram conversa fiada, tão fiada como as declarações disparadas por vários ministros sobre a disponibilidade para corrigir e melhorar o modelo.

Eles precisam de avaliar a qualquer custo e, quando perdem, face ao movimento de resistência de tantas escolas e à unidade do protesto, ameaçam!

Sob a batuta de que só “alguns professores não querem ser avaliados”, e sob a ameaça, se não vergam à sordidez não progridem, a Ministra mostra-se igual a si própria: autoritarismo e irresponsabilidade são as respostas à maior instabilidade de sempre nas escolas públicas.

O pandemónio gerado nas escolas e as horas sem conta roubadas ao trabalho com @s alunos são pormenores para a Ministra. É que por muito mau que seja o modelo de avaliação imposto pelo ME para os professores e as professoras, ele é pior ainda para @s alun@s e para a escola pública.
E é disto que se trata. E é por isso que a maioria absoluta não esmigalha a maioria da razão.
MEP

1 comentários:

António Chaves Ferrão disse...

Concordo: quando se sente a necessidade de ameaçar trabalhadores, a confiança já se perdeu pelo caminho.