A luta é bela..!
O ME está em pânico com o movimento de resistência interna nas escolas. Os professores/educadores, individualmente, em departamento, por escolas, em agrupamentos, estão a reagir ao monstruoso figurino de avaliação de desempenho ardilosamente imposto pelo ministério. Estamos a provar que sabemos objectar quem nos ofende.
Neste momento crucial de não permitir que o “monstro” se instale não podemos parar ou estorvar a nossa “bela” luta.
Sou dirigente sindical mas não presto genuflexão institucional e não abdico de criticar frontalmente a “cegueira” politico-ideológica da organização sindical a que pertenço – FENPROF. Sou apoiante do MEP mas não me revejo no discurso e procedimento anti-sindical de alguns destes conjecturáveis movimentos.
Sou avaliador - demissionário não por solitária generosidade mas por acreditar na grandiosidade da razão colectiva. Sou parte de um todo com tudo isto, por causa da única causa que é ser professor. É por esta profissão que exijo respeito é pela Escola Pública que exijo responsabilidade.
Não entrando na lamúria da culpabilização nem aceitando as cândidas desculpabilizações, brado bem alto, como se de um temor se tratasse, deixem-se de néscios caprichos sectários e promovam uma “bela” manifestação unitária que faça com que todos juntos pela luta toda possamos aniquilar o “monstro” modelo de avaliação, abater o usurpador modelo de gestão, embargar o perverso modelo de ECD e derrubar estas insanas politicas de educação.
Não podem correr o risco de falhar o momento da oportunidade sob pena dos professores/educadores nunca mais perdoarem nem confiarem em quem os representa. Não têm o direito de travar a caminhada que todos querem trilhar, valorizando a porfia da data e o soberbo da justificação em detrimento da exortação e mobilização colectiva.
Não admito que qualquer tacticismo político, protagonismo estratégico ou bairrismo intelectual, se sobreponha ao genuíno interesse da classe docente e por inerência à verdadeira melhoria do sistema de ensino no nosso país.
Em 8 de Março marchamos pela indignação da dignidade de ser professor/educador. Num qualquer dia de Novembro marcharemos pela honra de uma classe revoltada que não mais aceita ser tiranamente enxovalhada.
Não podemos nunca renunciar à esperança nem resignar ao conformismo da simples resistência. Temos de saber reagir para podermos agir, porque os professores/educadores contam, e muito..!
José Maria Cardoso – Escola Secundária Alcaides de Faria (Barcelos)
Movimento Escola Pública
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