Grande acção nacional de luta dos educadores e professores no dia 8 de Novembro
A Plataforma Sindical dos Professores anunciou em conferência de imprensa (15 de Outubro) a realização de uma grande acção nacional de protesto e luta dos educadores e professores portugueses no próximo dia 8 de Novembro (Sábado) em Lisboa. A iniciativa incluirá um plenário no alto do Parque Eduardo VII, seguido de manifestação para o Ministério da Educação, na Av. 5 de Outubro.
Uma semana faz toda a diferença…
Se não se incomodam, dispenso o plenário e apanho-vos ali por alturas da Gulbenkian…
Pode ser?
Adenda: Nesta nota, que tive o cuidado de recolher no site da Fenprof, para não dizerem que a culpa é dos jornalistas, não encontro nenhum objectivo claro para a manifestação de dia 8. Não era essa a maior crítica feita à de dia 15? Quanto a promotores conhecidos, eu desconheço mais de metade dos dirigentes da Plataforma Sindical. Mas eu sou uma pessoa naturalmente distraída. Talvez seja por não me ter cruzado com quase nenhum nas escolas por onde andei. Pensando bem, acho que não me cruzei mesmo com aqueles que conheço de ver nos órgãos de comunicação social.
Será que algum dos mais notáveis se lembra do último dia em que deu aulas?
Outubro 15, 2008
As Minhas Razões (E Poucas Condições) Para Ir A Duas Manifestações
Posted by Paulo Guinote under A Manifestação, Pluralismos[241] Comments
E ficar provavelmente cansado disso até ao resto da vida…
Agora mais a sério: estou a pensar ir então às duas manifestações que se adivinham para a primeira quinzena de Novembro. Não me parece que seja bem recebido pelos promotores de uma delas se for reconhecido (mas levarei um boné enterrado até aos olhos…), mas como são eles que dizem que nos devemos «unir», espero que à chegada não me mandem desunir ou desandar. Porque há gente assim, que quer unir, mas depois trata mal quem aparece e não tem a vestimenta com a cor certa.
Mas eu explico melhor o meu interesse pessoal em participar nas duas, que passo a enumerar pela sequência como devem acontecer:
- A manifestação da Fenprof - se a Plataforma vai a reboque da agenda de Mário Nogueira logo se vê - parece-me uma iniciativa interessante do ponto de vista da defesa dos direitos laborais. De um ponto de vista restrito, a questão dos concursos atinge-me pouco, mas atinge em força a minha cara-metade que, a passar a lei o que está no projecto, a faria recuar imenso em termos de estabilidade profissional. Quanto ao novo modelo de gestão, dircorsando dele, a Fenprof foca-se muito no detalhe do director e menos no da municipalização, pelo que aqui não estamos em absoluta sintonia. Quanto á avaliação do desempenho não percebo a mposição sinical. Aceitou fazer parte de uma comissão paritária e rever o modelo apenas a partir de Junho/Julho, pelo que contestá-lo agora, do ponto de vista das condições de trabalho, é estranho. Ou lhes faltou visão há seis meses ou então seria bom renegar o Entendimento. De qualquer modo, julgo que tenho algumas razões para participar, desde que a não marquem para uma sexta-feira. Para não ter o Pai da Nação e a Ministra ou o SE Lemos a apontar-me quantas horas de faltas dei e quantas crianças e famílias defraudei.
- Quanto à manifestação de dia 15, cuja data já conheço, tenho interesse em participar porque tenho afinidades com a sua lógica, que ultrapassa as questões laborais e entra por territórios mais abrangentes, até mais do foro ético e deontológico. Mais do que mera contestação laboral, é a expressão de uma preocupação com o funcionamento das escolas e com as condições do trabalho pedagógico com os alunos e o desenvolvimento das suas aprendizagens. Um docente até pode ter condições para fazer o seu trabalho burocrático pelo ME, mas depois ser impedido de dar o seu melhor como professor mesmo, exercendo a docência - a «mais nobre actividade de um professor» nas palavras sábias que conhecemos - em condições precárias. E a manifestação de dia 15 passa mais por aí, uma vertente não tão redutoramente laboral como a da Fenprof. E porque a manifestação de dia 15 é uma expressão de um descontentamento e insatisfação para conhecimento da sociedade e opinião pública e não uma fase pré-formatada de uma estratégia destinada a ganhar pretensos pontos numa mesa de negociações. Não me parece que os promotores de dia 15 queiram tornar-se os «interlocutores válidos» e muito menos exclusivos com o ME, pois sabemos até que ponto o ME não negociou até hoje a sério com ninguém e só cedeu quando a pressão veio de fora dos tais exclusivos «interlocutores válidos».
De tudo isto decorre que já marquei na minha agenda os sábados, dias 8 e 15, para uma passeata familiar até Lisboa.
Quem não tiver essa oportunidade, deve escolher a manifestação mais do seu agrado.
Porque assim até seremos mais, porque cada grupo manifestará as suas preocupações, no fundo com elementos comuns, mas com tónicas diversas. Uns mais para «dentro», outros mais para «fora».
Porque a diferença, o pluralismo e a liberdade devem ser merecedore(a)s de respeito.
A Educação do meu Umbigo
1 comentários:
Vão na conversa dos sindicatos vão, e depois digam que são traídos.
O que Mário Nogueira está a ver (porque não é parvo) é que os professores na sua maioria, estão motivados para o dia 15, e como está com medo de não ter "clientes" no dia 8, vem com a conversa que os professores sem sindicatos não são ninguém.
Eu acho (espero não ter razão) que eles sindicatos, se preparam para mais uma negociata de entendimento, após a manifestação do dia 8. Abram os olhos professores. Não se deixem enganar mais uma vez.
Dia 15 de Novembro, todos a Lisboa ao Marquês!
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