quarta-feira, dezembro 15, 2010


Bloco de Esquerda Portimão

Rua 5 de Outubro, nº 39
8500 Portimão


Portimão, 13 de Dezembro de 2010

À atenção da comunicação social

Assunto: Bloco de Esquerda vai propor a extinção da Portimão Urbis

Os deputados municipais do Bloco de Esquerda vão propor a extinção da Portimão Urbis  SGRU – Sociedade de Gestão e Reabilitação Urbana, E. M.  S. A., na próxima reunião da Assembleia Municipal de Portimão, no dia 20 de Dezembro próximo, aquando da discussão do Orçamento e da Grandes Opções do Plano para 2011.

A Portimão Urbis, criada pela Câmara PS para albergar as suas clientelas, transformou-se num autêntico monstro devorador dos dinheiros públicos e é a principal causadora da grave crise que assola o concelho de Portimão. Além de ter usurpado grande parte das competências públicas da Câmara Municipal em diversos domínios de intervenção, tornou-se num poço sem fundo e sorvedouro de dezenas de milhões de euros que todos os anos para lá transfere a Câmara Municipal. Para 2011 está prevista uma transferência astronómica de subsídios de mais de 60 milhões, um aumento de 133% relativamente a 2010 (sem contar com as transferências de capital de 8,6 milhões). Para 2009 os subsídios para as empresas municipais tinham sido de 5,1 milhões e em 2010 os subsídios orçamentados atingiam a módica quantia de 25,8 milhões, um aumento de 405%! Um autêntico regabofe e um escândalo de gritar aos quatro ventos! É preciso não esquecer que em 2009 estávamos em ano de eleições e o PS de Portimão não olhou a meios para ganhá-las, fundando uma holding empresarial com a Portimão Urbis à cabeça. A seguir às eleições várias empresas municipais foram engolidas pela Portimão Urbis, transformando-se esta numa super-empresa, E. M. e S. A. que, no fundo, é quem domina e dirige a Câmara Municipal.

A ruína e o desequilíbrio financeiro da Câmara de Portimão é tal, que esta já se viu obrigada a aprovar um plano de saneamento de financeiro, que vai agravar drasticamente a situação e as condições de vida de todos os Portimonenses – o recurso a um empréstimo de 96 milhões de euros, venda de 49% do capital social da EMARP (vai levar a um aumento da água), todas as taxas de IMI e outras vão para o máximo, venda de património municipal, redução do apoio social, entre outras medidas. Os Portimonenses irão pagar bem caro a política desastrosa de gestão do Partido Socialista, uma gestão absolutista de quase 35 anos!

Quando o país se encontra mergulhado na maior crise que há memória desde finais da II Guerra Mundial, com o aumento escandaloso do desemprego e da precariedade, o endividamento das famílias a crescer, a fome e a exclusão social a agravarem-se – fruto das políticas anti-nacionais e malfeitorias do governo PS/Sócrates, aliadas à crise internacional, ainda mais se torna inaceitável a política municipal do Executivo da Câmara de Portimão – pois este Concelho não escapa à crise! Muitos cidadãos e famílias de Portimão passam fome, encontram-se no desemprego, não têm habitação, vivem em casas degradadas e vivem na exclusão social. Enquanto isto, o polvo socialista consolida-se em Portimão. Em nome da democracia, da transparência absoluta e do Estado de direito, é necessário e urgente a extinção da Portimão Urbis. Este é um dos combates do Bloco de Esquerda de Portimão.


A Comissão Concelhia Coordenadora
BE Portimão

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