Mobilizar, mobilizar, mobilizar. |
Hoje podíamos escrever sobre a polémica que vai na Europa e algumas posições “regulamentadoras” que parecem fazer caminho na União Europeia, nomeadamente sobre a validade concreta dos comités sectoriais e suas tarefas de vigiar a finança europeia e mundial. Hoje podíamos falar do aborrecimento de alguns mafiosos (parece que lhe chamam especuladores, investidores, uma coisa assim…) e de um “rapaz” recentemente investido no lugar de primeiro-ministro inglês contra a senhora Merkel por causa desta ter proibido a venda de produtos financeiros que o próprio vendedor não tem, uma coisa que por cá se chama burla mas que é normal nos mercados financeiros. Hoje podíamos escrever sobre a crise inter-estados que saltou nos EUA tendo como princípio as leis de imigração e que chegam ao ponto de ameaçar com cortes de energia. Hoje até poderíamos escrever sobre a vitória do Inter, de como Mourinho parece usar a dialéctica aplicada ao jogo. Mas esta crónica de hoje trata a posição do Bloco sobre as lutas sociais e em particular sobre a manif. da CGTP do próximo dia 29 de Maio. O Bloco assumiu, no parlamento, uma atitude muito activa de oposição às medidas do PEC. Mas a atitude do Bloco não ficou por aí. Assumiu a realização de debates políticos plenários em inúmeras concelhias e distritais. Assumiu a sua parte na oposição de rua e está a realizar comícios do Alandroal a Torres Vedras, a lugares onde a presença destas acções é uma novidade. O Bloco convocou um comício de rua para Lisboa dia 27. Um comício internacionalista, porque a resposta em Portugal é a resposta na Europa. O Bloco está a organizar autocarros em vários pontos do país para ajudar à mobilização para a manifestação da CGTP e deverá alcançar uma das suas maiores mobilizações de sempre. Algumas pessoas, de esquerda, ficaram agora surpreendidas porque o Bloco está a fazer um esforço acrescido para a manif. da CGTP. O Bloco não só está a mobilizar nas empresas para que os trabalhadores participem nos autocarros e na mobilização dos sindicatos como se dispõe a uma mobilização própria para reforçar a luta dispondo os seus próprios meios e energias para dar mais força à manifestação do próximo dia 29 de Maio. Alguns que só pensam nos movimentos como “correias de transmissão” poderão ter dificuldade em perceber esta posição do Bloco; aqueles que pensam na imensa opressão e medo social, na necessidade de mobilizar a imensa mole não sindicalizada e precarizada, aqueles que se preocupam com a mobilização da juventude, aqueles que pensam na unidade da classe contra o capital, aqueles que pensam na unidade como a confluência da diversidade, percebem e valorizam o esforço do Bloco e dos seus activistas. É preciso aumentar a luta contra o governo, mas a mobilização é muito difícil - a possibilidade de uma divisão da classe trabalhadora existe e tem estado patente em várias empresas. O populismo grassa ampliado pelos média e pelas cedências do PS à extrema-direita. São precisos novos factores de confiança à esquerda. Está na hora de fazer a luta "toda". Victor Franco |
0 comentários:
Enviar um comentário