Não nos resignemos
De cada vez que surge uma desilusão futebolística para as cores nacionais, quer a nível de clubes quer de selecções, lá se renova uma esperança, cada vez mais ténue, de que, finalmente, os portugueses esqueçam o futebol e se virem para a resolução das agruras do dia-a-dia, colocando de lado as lamúrias, a acomodação, a indiferença e a resignação perante os problemas criados, muitas vezes, por aqueles que escolhemos para gerir os nossos destinos colectivos. Aos olhos de muitos de nós cria-se com demasiada frequência a ideia de que assim tem de ser e que não vale a pena exigirmos mais.
O texto seguinte é um excerto de um artigo de opinião do deputado do PSD Emídio Guerreiro, intitulado “Fado, Futebol e Portugal”, publicado hoje no “Diário de Coimbra”.
“O fado, o destino, marca-nos, a nós Portugueses, mais do que aos outros povos. Pelo menos gostamos de assim pensar. A Saudade é um conceito nosso, não é sequer traduzível em outras línguas. E nós dizemos estas coisas aos estrangeiros que conhecemos e/ou nos visitam, com um misto de resignação e orgulho.
Esta forma de estar na vida tem os seus custos. A resignação, o deixar andar e a pouca exigência que fazemos a quem nos governa é um reflexo disso. Questionamos, “refilamos”, mas depois aceitamos com o “lá tem de ser”… E assim continuam os Portugueses a aceitar tantas vezes soluções gastas, alguns dirigentes políticos gastos e, até, pouco recomendados, sem procurar e sem apostar em alternativas. Em síntese, no que toca à escolha dos líderes, quer nacionais quer locais, arriscamos pouco e resignamo-nos demais.”
Esta forma de estar na vida tem os seus custos. A resignação, o deixar andar e a pouca exigência que fazemos a quem nos governa é um reflexo disso. Questionamos, “refilamos”, mas depois aceitamos com o “lá tem de ser”… E assim continuam os Portugueses a aceitar tantas vezes soluções gastas, alguns dirigentes políticos gastos e, até, pouco recomendados, sem procurar e sem apostar em alternativas. Em síntese, no que toca à escolha dos líderes, quer nacionais quer locais, arriscamos pouco e resignamo-nos demais.”
Desconhecemos se este deputado, quando se refere à fraca qualidade de “alguns dirigentes políticos”, o que é pura verdade, estava a pensar nos do seu partido que também têm largas culpas na má governação do país, a vários níveis, e beneficiaram largamente do “lá tem de ser” dos portugueses.
Mas, neste momento, o importante é que nos consciencializemos de que as medidas gravosas, que têm sido tomadas e que ainda vão piorar mais, têm alternativas menos penosas para a maioria da população mas, principalmente para as camadas com menores recursos. Não nos podemos resignar nem sermos pouco exigentes relativamente a quem nos governa. È que estão em causa imensas conquistas de ordem social como as pensões de reforma, o subsidio de desemprego, o abono de família, ou o apoio na doença, para mencionarmos, apenas, as situações mais badaladas. Atrás dos anéis podem ir os dedos.
Mas, neste momento, o importante é que nos consciencializemos de que as medidas gravosas, que têm sido tomadas e que ainda vão piorar mais, têm alternativas menos penosas para a maioria da população mas, principalmente para as camadas com menores recursos. Não nos podemos resignar nem sermos pouco exigentes relativamente a quem nos governa. È que estão em causa imensas conquistas de ordem social como as pensões de reforma, o subsidio de desemprego, o abono de família, ou o apoio na doença, para mencionarmos, apenas, as situações mais badaladas. Atrás dos anéis podem ir os dedos.
In Amar Abril
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