Na semana em que a imprensa portuguesa ajoelhou obedientemente perante o chefe da hierarquia da ICAR, o governo aproveitou para acordar com o PSD as condições do
brutal assalto em curso às classes trabalhadoras. A esquerda vai preparando a sua resposta, que terá certamente um ponto muito alto na
manifestação convocada pela CGTP para 29 de Maio:
o Bloco apoia a manif e prepara-a com a CGTP,
o PCP convocou um comício para a semana anterior e outros movimentos e cidadãos se vão mobilizando para mostrar a sua mais que justa indignação e protesto. Entretanto, que faz o candidato presidencial que se afirma como "o único" que pode mobilizar toda a esquerda?
Cala-se perante o aumento de impostos sobre o trabalho e
apela à "compreensão" face ao pacote de medidas de austeridade negociado entre a direcção do seu partido e o PSD. O secretariado do
PS marcou para dia 29 a reunião onde decidirá do seu apoio a Alegre, o que por acaso coincide com a data da grande manifestação promovida pela CGTP. Enquanto a esquerda se mobiliza para estar na rua em protesto, Alegre estará silencioso ou a apelar à compreensão, refém da direcção do seu partido. Não é assim que se mobiliza a esquerda para alguma alternativa de política ou de sociedade.
In Almareios
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