sexta-feira, fevereiro 06, 2009

FENPROF anunciou há pouco o recurso aos tribunais para impugnar o Simplex2. Segundo a FENPROF, 50 mil não entregaram os O.I.

A Fenprof anunciou esta tarde que vai avançar com um processo de impugnação em tribunal das medidas do Ministério da Educação que simplificam a avaliação dos professores, por duvidar da sua legalidade e constitucionalidade. Em conferência de imprensa na sede da Federação Sindical dos Professores, em Lisboa, o líder da Fenprof, Mário Nogueira, avançou que entre 50 a 60 mil professores não entregaram ainda os objectivos individuais, uma das etapas decisivas do actual modelo de avaliação, cujo prazo de entrega terminou já num terço das escolas e agrupamentos do país. Fonte: Público, 6/2/09, às 18:43
Comentário
50 mil recusas será um número muito razoável. Num universo de 140 mil docentes, seriam 37% de recusas da entrega dos objectivos individuais. Se estes números se confirmarem, há condições para manter a resistência interna nas escolas. O problema é a enorme assimetria geográfica dos números. A pressão e a intimidação no Algarve ultrapassou tudo o que era expectável. A FENPROF não pode apenas ameaçar que vai mover acções judiciais contra os autores das ameaças. Tem de o fazer já. E anunciar o que fez, não o que tenciona fazer. Rosário Gama, PCE da E.S. Infanta Dona Maria, Coimbra, afirmou, há pouco, num comentário: Estarei amanhã em Coimbra. Acho que os PCE não devem definir os O.I. (não são individuais)?. Para não prejudicar os colegas que tal a avaliação só com a ficha de auto-avaliação? (acrescentada de um texto bem feito a denunciar este modelo?). É uma hipótese a estudar. É importante dar protecção e segurança aos resistentes. Mas o objectivo da luta é impedir que se cumpra o Simplex2. A FENPROF não deu informação sobre o recurso a novas formas de luta. Ao que parece, as greves e as manifestações deixaram de estar em cima da mesa. Tenho para mim que as greves e as manifestações continuam a ser as formas de luta mais legítimas e eficazes. Não sendo fácil regressar à adesão do passado, estou convencido que seria possível garantir um nível de adesão à greve superior aos 50%. E não é suficiente?
ProfAvaliação

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