Os directores estão a chegar às escolas. O que vai mudar
O decreto-lei 75/2008 está em marcha. Uma marcha mais lenta do que aquela que o ME queria impor. O ME quer ter directores em todos os 1300 agrupamentos/escolas até Junho. Mas ainda só seis directores estão em funções. Foram lançados apenas 63 concursos. E há escolas/agrupamentos sem conselho geral transitório. O agrupamento de escolas de Santo Onofre, nas Caldas da Rainha, é um exemplo. Os professores não se candidataram. A DRE pressiona mas os 180 professores do Agrupamento continuam a dizer que não querem as escolas do agrupamento dirigidas por um director. O caso da Escola Infanta Dona Maria, em Coimbra, também é paradigmático: o conselho geral ainda está por constituir. Os professores não se entendem com a Câmara Municipal e há divergências na interpretação do decreto-lei 15/2008. O jornal Público de hoje conta a história das divergências. Em quase todas as escolas, a transição vai fazer-se na continuidade. Os PCEs apresentam a candidatura a director e, regra geral, são eleitos pelo conselho geral. As maiores mudanças: o director escolhe os coordenadores de departamento; os membros do CP são designados pelo director e os professores deixam de ter a maioria no conselho geral. O director tem mais poder sobre os professores mas fica mais dependente da direcção regional de educação. São de esperar o agravamento dos conflitos entre autarquias, pais e professores. A cultura colaborativa tende a desaparecer das escolas. As novas tendências são: cada um guarda para si e trata de si.
Para saber mais:
Incongruências do decreto-lei 75/2008
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