terça-feira, março 31, 2009

A manobra de propaganda da putativa redução de faltas foi desmontada

Felizmente, ainda há imprensa livre. O Público divulgou hoje depoimentos de professores que desmontam a manobra de propaganda em torno da putativa redução do número de faltas que a ministra da educação e o senhor Albino atribuem à bondade do Estatuto do Aluno e o primeiro-ministro não se coíbe de apelidar de "grande sucesso". Afinal, como é que se fabricam essas estatísticas? De múltiplas formas:
1. Os alunos faltam, faltam, realizam provas de recuperação, umas atrás das outras, e quando, finalmente, uma alma caridosa lhes diz, "já chega", as faltas são eliminadas do cadastro. Somem-se! É como se nunca tivessem existido. Fácil, não é? A PCE, Isabel Le Gué, descreveu bem o fenómeno ao afirmar: "podem-se acumular faltas e ir voltando à estaca zero. É o que a lei prevê!"
2. Fala-se por aí que há professores que já nem marcam faltas a alguns alunos dos CEF. Dizem que não vale a pena. Afinal, passam todos. Há sempre uma prova de recuperação que, de súbito, talvez por osmose, fabrica o sucesso onde ele nunca existiu.
Foto: Pintura de Chagall
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