terça-feira, abril 14, 2009

Economia portuguesa vai contrair 3,5% este ano criar PDF versão para impressão enviar por e-mail

Constâncio considerou óbvio que os aumentos propostos para a função pública este ano são excessivos
O Banco de Portugal apresentou nesta terça feira o seu Relatório de Primavera, corrigindo as previsões para a evolução da economia portuguesa feitas em Janeiro. Em apenas três meses, as previsões do Banco Central sofrem uma drástica alteração: o PIB vai diminuir 3,5% (a maior quebra desde 1975) e o investimento e as exportações têm quebras superiores a 14%.

Vítor Constâncio apresentou esta terça feira novas previsões para a evolução da economia portuguesa em 2009, com drásticas alterações em relações às que tinham sido apresentadas em Janeiro deste ano.

De acordo com as actuais previsões, oPIB nacional vai sofrer a sua maior quebra desde 1975, com uma descida de 3,5%. A anterior projecção, seguida pelo governo, apontava para uma quebra mas de dimensão muito inferior (0,8%).

Esta quebra vai manifestar-se numa significativa descida da procura interna, que deverá descer também 3,5% (no início do ano esperava-se que se mantivesse estável). No entanto, as maiores quebras verificam-se ao nível do investimento e das exportações, ambos com descidas superiores a 14%.

Apesar da descida de preços prevista para este ano, o governador do Banco de Portugal afastou o cenário de uma possível deflação para a economia portuguesa. Vítor Constâncio encontrou mesmo um sinal positivo neste indicador, salientando que, "quem conseguir manter o emprego terá um acréscimo de poder de compra" resultante da descida de preços.

Em declarações à imprensa, Ana Drago lembrou as sucessivas rectificações das previsões económicas em Portugal, sempre no sentido da baixa. A deputada do Bloco de Esquerda salientou a crise de confiança que afecta a economia e a sociedade portuguesas, resultantes de medidas inúteis de apoio à economia.

Para contrariar esta situação, Ana Drago defendeu a dinamização do consumo interno, com políticas de investimento público em sectores que provoquem efeitos imediatos ou a garantia de pagamento de subsídios de desemprego a todas as pessoas nessa situação.

Esquerda.net

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