sexta-feira, abril 24, 2009

Professor à beira da miséria pede ajuda aos colegas

Recebi este email do colega Carlos Maria Faustino Marques. Tive oportunidade de confirmar a veracidade do caso. Hesitei em publicá-lo. Mas tive de o fazer por uma questão de coerência. É com tristeza que publico o texto. 35 anos depois do 25 de Abril, situações como esta não deviam existir. Mas existem cada vez mais. É um triste sinal dos tempos. Há professores contratados, deslocados de casa, que estão a passar sérias dificuldades económicas. Este é um caso extremo que merece a nossa atenção e solidariedade. Um colega nosso que perdeu quase tudo.
"Caros Amigos,
Todos os dias temos a capacidade de enviar um número infinito de e-mails em que as palavras “solidariedade”, “amizade”, entre outras são o mote para enviarmos esses e-mails a todos os que fazem parte da nossa lista ou até a outros desconhecidos. Pedimos ajuda para os outros pelos mais diversos motivos e somos capazes de demonstrar a nossa solidariedade em todos os momentos, de acordo com as nossas possibilidades. É, pois, a solidariedade de todos os que me conhecem e de todos os outros que, não me conhecendo, terão acesso a este e-mail, que me dirijo. Por motivos diversos relacionados com a minha vida pessoal, e apesar de ter encetado uma luta enorme para vencer todas as adversidades que me aconteceram, a verdade é que tem sido extremamente difícil ultrapassá-las. Tenho conseguido, com o meu trabalho, pagar grande parte das despesas que têm ocorrido com várias mudanças de localidades onde tenho trabalhado. Desde há oito anos que luto pela estabilidade de uma vida que outros foram tentando dificultar com algum sucesso. Perante o desespero e a humilhação a que cheguei e depois de ter feito todas as diligências junto de entidades bancárias para resolver a minha vida, tem-me sido sucessivamente negada a negociação de créditos que tenho que pagar sem que eu o consiga fazer. Esta situação levou-me a uma ameaça de acção judicial por parte de uma entidade bancária que, a acontecer, impedir-me-á de continuar a minha vida. Se esta situação se concretizar, ficarei sem vencimento mensal, adivinhando-se todo o descalabro que decorrerá da impossibilidade de pagar as contas básicas de todos os dias: água, electricidade, gás… alimentação! Nunca na minha vida pensei que terceiros me pudessem causar tão grande prejuízo. Nunca me passou pela cabeça chegar a este ponto de humilhação de ter de me dirigir aos meus amigos, aos amigos dos meus amigos, às pessoas de boa vontade que venham a ter acesso a este e-mail, no sentido de receber deles a caridade de uma dádiva que jamais poderei pagar. Não perdi o emprego, não deixei de trabalhar, estou sim em vias de perder a dignidade se não regularizar uma dívida que estou impossibilitado de pagar por não ter dinheiro suficiente para o fazer. O valor em causa é de € 25.000 (vinte e cinco mil euros). Não se trata de uma fraude, nem pretendo obter benefícios de ninguém. Poderei comprovar, a quem o desejar, o valor que está em causa e o motivo. Não sei quem me pode ajudar, por isso, humildemente, peço a ajuda possível, não há um valor mínimo nem um valor máximo, qualquer que seja o valor, será certamente o que estiver ao alcance de cada um. Se não puder ou não quiser ajudar, apenas peço que passe este e-mail a outras pessoas da sua lista. Só peço uma cadeia de solidariedade e, quanto maior for o número de pessoas que recebam este e-mail, maior será a probabilidade de conseguir vencer esta dificuldade. Assim, agradeço que qualquer dádiva seja feita através de depósito ou transferência bancária para a seguinte conta: BANCO ESPÍRITO SANTO - Carlos Maria Faustino Marques - Conta nº. 000193670395 - NIB 0007.0000.00193670395.23".
ProfAvaliação

0 comentários: