segunda-feira, maio 18, 2009


O BEIJA-MÃO A D. MANUEL
VERSUS RELAÇÕES PERIGOSAS


A fila para o «beijinho ao Sr. Presidente» no fim do jantar de Manuel da Luz com as mulheres
Foto retirada do Barlavento
O Partido Socialista em Portimão, como a nível nacional, já perdeu toda a vergonha. As maiorias absolutas, quaisquer que sejam, alimentam o polvo do clientelismo, do nepotismo, do compadrio e da promiscuidade entre as funções de Estado e os aparelhos partidários. Diz-se que estiveram 1300 mulheres num jantar com Manuel da Luz. Mas como foi promovido este jantar? Manuel da Luz fez este jantar como Presidente da Câmara de Portimão ou como candidato pelo PS às eleições autárquicas? Parece que valeu tudo - como Presidente da Câmara e como candidato à Câmara pelo Partido Socialista. Sabe-se que muitas mulheres se sentiram enganadas quando ouviram dizer que estavam num jantar de apoio à candidatura de Manuel da Luz. E disseram mesmo que votar no PS jamais! E têm muita razão para isso.
Mas o mais grave não acaba aqui. A máquina partidária do PS local usou de todos os estratagemas. Foram feitos contactos de toda a forma e feitio, telefonemas, mails e até pressões para a presença no jantar. O aparelho partidário do PS "invadiu" com chamadas e outro tipo de contactos os serviços das repartições públicas, centros de saúde, hospitais, escolas, instituições privadas, etc. Trata-se de uma promiscuidade muito perigosa entre o PS e o Estado, totalmente inaceitável num regime democrático.
D. Manuel comportou-se como um autêntico "padrinho" local, em que, a coberto de um poder absoluto, montou uma perigosa operação de beija-mão, desta vez a muitas mulheres de Portimão. Muitas sentiram-se enganadas, outras simplesmente foram jantar com o Sr. Presidente. Mas também há aquelas que esperam ser recompensadas.
33 anos no poder de um partido só conduz inevitavelmente a este tipo de relações promíscuas. Chegou a hora de derrotar o Partido Socialista ou, no mínimo, retirar-lhe a maioria absoluta. Só o Bloco de Esquerda será capaz de fazê-lo.
João Vasconcelos

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