quinta-feira, maio 21, 2009

60 mil professores recusaram entregar os objectivos individuais

A ministra da educação acaba de anunciar que a reforma da avaliação dos professores foi ganha. E justifica: entregaram os objectivos individuais 70 mil professores. E dos que entregaram os objectivos individuais, 30% pediram aulas assistidas, candidatando-se, dessa forma, às menções de Excelente e Muito Bom. Vamos lá fazer contas! Há 140 mil professores. Se descontarmos os que estão prestes a reformar-se e, por esse motivo, estão isentos do processo de avaliação de desempenho, houve mais de 60 mil resistentes. É obra! Um pouco mais do que eu julgava. Apesar das ameaças, dos telefonemas, dos emails e das perseguições, ainda houve 60 mil que disseram que não. Continuo a não perceber por que razão a Plataforma Sindical optou por formas de luta tão tímidas. E sobretudo não entendo por que razão andou quase todo o 2º trimestre a dormir. Será que a unidade da Plataforma Sindical justifica a timidez das formas de luta? Apesar disso, considero que uma grande manifestação nacional, no dia 30 de Maio, é uma forma de desgastar um pouco mais o PS. Um PS que está isolado muito por efeito do Compromisso Educação que os movimentos independentes de professores, APEDE, MUP e PROmova, estão a construir com todos os partidos da oposição. Só em Outubro se saberá quem vai ganhar: se Sócrates ou os professores. Se o PS sair derrotado em Outubro, tal significará uma enorme vitória dos professores e o fim do pesadelo imposto pela divisão da carreira em duas categorias e um sistema de avaliação de desempenho injusto, burocrático e inútil. E já agora: talvez valha a pena pensar na possibilidade de apelar aos 60 mil resistentes que entreguem apenas um relatório crítico idêntico ao que se faz há muitos anos.
ProfAvaliação

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