Alexandrita no 1º de Maio
Tinha pensado não falar mais sobre a vergonhosa campanha orquestrada pelo Pingo Doce no 1º de Maio, que procurou transformar o Dia do Trabalhador no dia do consumidor. Aceitou vender tudo a metade do preço para ter as lojas a abarrotar e criou as condições para a violência do desespero nestes tempos em que a pobreza alastra. Apelou ao pior de cada um e com isso trazer ao de cima o irracional que existe em todos nós. Lutas por um sabonete ou um pacote de bolachas que provavelmente nem fazia muita falta a ninguém. Policias, conflitos, confusão e desespero para uns e alegria vitoriosa de quem conseguia sair ileso com um carrinho cheio de compras. Como disse no principio tinha pensado não referir mais este assunto pois há muito que já deixei de consumir ou respeitar o Merceeiro com sede fiscal na Holanda, mas ouvir um orgulhoso gestor, ou chefe ou qualquer coisa do Grupo Pingo Doce a fazer-se santinho, a falar de tudo isto como se a data do 1º de Maio fosse um acaso, tinha de ser no dia 1 porque é quando as pessoas fazem as compras do mês, porque as pessoas não compram no dia 30 nem no dia 2, só compram no dia um, que tudo foi feito só para ajudar os seus clientes, que foi uma acção de ajuda social, fazendo inveja a qualquer Madre Teresa de Calcutá, meteu-me nojo. Nem vergonha têm na cara.
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