Desemprego atinge 15,3% em março
A taxa de desemprego em Portugal registou um aumento de três décimas, face ao mês anterior, e de 4,2% quando comparado com março de 2011. Segundo o Eurostat, Portugal apresenta a terceira taxa de desemprego mais elevada da União Europeia. A taxa de desemprego jovem já atinge os 36,1%.
Foto de Paulete Matos.
A Áustria (4%), Holanda (5%) e Luxemburgo (5,2%) são os Estados-membros que apresentam menores taxas de desemprego.
Este novo recorde registado no nosso país decorre, em grande parte, do aumento acentuado do desemprego entre os mais jovens. Os menores de 25 anos têm sido particularmente fustigados, sendo que a taxa nesta faixa etária terá passado de 35,4%, registada em fevereiro, para 36,1% em março.
A taxa de desemprego agora anunciada pelo Eurostat para Portugal é consideravelmente superior àquela que foi avançada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o último trimestre de 2011 (14%).
Ambos os métodos estatísticos utilizados quer pela Eurostat como pelo INE são, contudo, bastante restritivos. Na realidade, não são contabilizados pelo INE, nomeadamente, as pessoas desempregadas, que desejam trabalhar e que estão disponíveis, mas que não fizeram diligências para arranjar emprego nas últimas 4 semanas anteriores ao inquérito; aqueles que, estando disponíveis para trabalhar, não procuraram emprego há mais de 4 semanas anteriores ao inquérito com os seguintes motivos: não têm instrução suficiente, não sabem como procurar, não valer a pena procurar, não haver empregos disponíveis; e ainda os trabalhadores com duração habitual de trabalho inferior à duração normal do posto de trabalho mas que declararam desejar trabalhar mais horas.
Caso fossem contabilizadas todas as pessoas que, efetivamente, se encontram em situação de desemprego, a taxa anunciada pelo INE já excederia os 19%.
Esta quarta feira, o primeiro ministro português Pedro Passos Coelho afirmou, durante um encontro com os Trabalhadores Social-Democratas (TSD), em Lisboa, que “teremos de estar preparados para nos próximos dois ou três anos viver com níveis de desemprego a que não estávamos habituados, porque ele não vai baixar imediatamente”.
Esquerda.net
0 comentários:
Enviar um comentário