Insucesso escolar: Portugal falha outra vez
Portugal falhou as metas internacionais da Educação em 2010, segundo balanço do representante de Portugal junto do Congresso Ibero-americano da Educação. O representante de Portugal na Organização dos Estados Ibero-Americanos, Joaquim Azevedo, disse em declarações à Antena1, que o insucesso (reprovações) está entre os 40, 50 e os 60% no ensino secundário, uma taxa que mostra a «fragilidade institucional».
«Há muito insucesso, há escolas com dificuldades de organização» salientou. A reprovação «não é um sinal de qualidade», frisou Joaquim Azevedo apontando o dedo aos governantes pela falta de continuidade em termos das medidas de política educativa.
Segundo o Eurostat, o abandono escolar precoce em Portugal era de 46,6 pontos percentuais em 1998, descendo desde então até aos 35,4 em 2008. O abandono escolar desceu assim quase 13,7 pontos percentuais em dez anos em Portugal, sendo mesmo a redução mais acentuada em toda a União Europeia.
A taxa de abandono escolar em Portugal em 2009 só é igualada pela Espanha (31,2 por cento) e superada por Malta (36,8). Por seu lado, a média de abandono escolar precoce dos 27 países da União Europeia situou-se em 14,4% em 2009, menos 0,5 por cento do que em 2008, sendo que a meta para 2020 é a redução para os 10 pontos percentuais.
A taxa de abandono escolar precoce reporta-se a pessoas com idades entre os 18 e 24 anos que não completaram o ensino secundário, nem estão inscritos em acções de educação e formação.
O Congresso Ibero-americano de Educação começa esta segunda-feira em Buenos Aires para definir as metas educativas até 2021.
Entre os objectivos dos participantes estão o apoio às famílias com dificuldades económicas para que mantenham os filhos na escola, o aumento do número de alunos no ensino secundário, profissional e universitário, a melhoria da formação inicial dos professores, e a articulação das formações com o mercado de emprego.
Porém, a meta mais importante é a criação do Fundo Internacional Solidário, juntando dinheiro para ajudar os países que na América Latina, Caribe ou Península Ibérica mais precisam de auxílio financeiro para cumprir as metas educativas até 2021.
MEP
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