sábado, setembro 11, 2010

Um exemplo bastante significativo e importante a seguir.

Nas regiões de Palencia e Leão, nas minas de carvão 70 mineiros barricaram-se como forma de protesto para reaverem dois meses de salários em atraso e contra o encerramento das minas, que segundo a União Europeia todas as minas não viáveis devem ser encerradas até 2014, decisão esta secundada pelo Comissário espanhol Joaquin Alminia « deve proceder-se ao fecho difinitivo das minas não competitivas até 15 de Outubro de 2014».

Os mineiros estão barricados entre os 500 e os 700 metros de profundidade desde segunda-feiraSão quase 70 mineiros que estão voluntariamente barricados entre os 500 e os 700 metros de profundidade desde segunda-feira dia 6 de Set. Em paralelo com a acção daqueles que se fecharam nas minas de Pozo de las Cuevas, em Palencia, e Tremor de Arriba, em Leão, outros grupos de mineiros têm procedido a cortes de estradas nas proximidades para chamarem a atenção para a situação.
Os cortes estiveram ontem na origem de confrontos durante toda a manhã entre a Guarda Civil e sindicalistas e familiares dos mineiros, quer nas estradas de Leão quer nas de Palencia.

Os manifestantes distribuíram comunicados alertando para o "problema de sobrevivência" dos mineiros e suas famílias. Com o início próximo das aulas, os pais não têm dinheiro para adquirir os materiais necessários. A maioria dos mineiros não recebe salário há pelo menos dois meses.
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Durante os protestos, foi chamada a atenção para o estado de saúde dos mineiros. O alto grau de humidade no subsolo, mais de 80%, e temperaturas médias que não ultrapassam os 16 graus Celsius forçaram alguns a virem, provisoriamente, à superfície para observação médica. Os principais problemas são resfriados e problemas de costas por dormirem no chão.

As populações locais têm demonstrado a sua solidariedade, fornecendo alimentos, colchões e mantas.

Um bom exemplo de combatividade dado pelos mineiros em defesa dos seus salários e postos de trabalho, que deve ser seguido sem hesitações ou qualquer espécie de vacilação pelos milhares de trabalhadores portugueses que se encontram nesta situação, como também e em particular para os dirigentes e delegados sindicais que na maioria das vezes, acabam por conciliar com o patronato, ou recorrer aos tribunais onde na maioria dos casos, não só demoram anos a ser resolvidos ou mesmo prescritos com altissímos prejuízospara os trabalhadores.
Classe contra Classe

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