João Vasconcelos,  professor no Algarve, Regina Casimiro, engenheira em Loulé, Albano  Torres, reformado, Duarte Santos, técnico de biblioteca em Albufeira,  Richard Farr, vendedor, José Domingos, vendedor de combustíveis, e Nuno  Vianda, designer em Tavira, são alguns dos cidadãos que formaram ontem o  núcleo inicial da Comissão de utentes da Via Infante (A22), cujo  objetivo é lutar contra as portagens. 
"Em primeiro lugar, vamos pedir reuniões com o Governo, as forças  políticas da região e as associações empresariais. Depois, marcaremos  uma nova reunião para dar conta das iniciativas futuras", declarou João  Vasconcelos, um dos mentores do grupo de cidadãos algarvios que criou a  comissão, e coordenador regional do Bloco de Esquerda. 
"Não pretendemos partidarizar este movimento, que está aberto a  todos. A nossa ideia é transversal, atrair independentes e outras  associações, de empresários e de comerciantes, esse é o passo seguinte",  afirma o responsável ao Observatório do Algarve, quando questionado  sobre as ligações políticas de alguns membros, próximos do Bloco de  Esquerda. 
"Muitos de nós nem sequer nos conhecíamos, começámos a falar pela  internet e decidimos avançar com o movimento, alguém tem de dar o  primeiro passo", admitiu Regina Casimiro. 
Admitindo que o processo da Comissão de Utentes ainda se encontra  numa fase inicial, os promotores afirmam-se adeptos do diálogo, primeiro  com as instâncias e partidos políticos a nível regional e depois  partindo para os decisores centrais, na esperança de que o Governo venha  a dar o dito por não dito. 
"Não seria a primeira vez que o faria. É preciso irmos à luta e fazer  pressão, porque eu acredito que é possível não virem a existir  portagens na Via do Infante", afirma José Domingos. 
José, que vive em Castro Marim, pressente estar "a voltar ao  passado", em que a Estrada Nacional (EN) 125 era uma "via de  engarrafamentos e mortes".
"Sinto que estamos a voltar ao passado. Assisti a muitas mortes na EN  125, a muitos engarrafamentos, e estou revoltado com esta decisão do  Governo e é por isso que estou aqui hoje a aderir a este movimento",  declarou aos jornalistas.
Medidas concretas, só mais tarde
Quando questionados sobre que formas de luta poderá adotar a  Comissão, os responsáveis admitiram que poderá vir a assistir-se a uma  'luta dura' acreditando que as pessoas vão aderir ao apelo - que já tem  mais de 12 mil adeptos no Facebook (pode aderir 
aqui) e tomar 'posições de força'. 
Criar um sítio na Internet para a comissão de utentes, convidar as  associações humanitárias de bombeiros que transportam doentes na Via  Infante e os taxistas para integrarem a comissão ou ouvir as  preocupações dos professores que dão aulas em várias escolas da região  são outras metas que o organismo decidiu ontem levar a cabo, após uma  reunião em Loulé, na presença de alguns órgãos de comunicação social.
Observatório do Algarve 
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