terça-feira, setembro 21, 2010

Algarve: Combate às portagens faz-se no Facebook

Ganha cada vez mais terreno o movimento de combate às portagens, por enquanto ainda de forma virtual, sobretudo nas redes sociais. Comissão é de carne e osso e promete passar à ação, mas ainda sem data marcada.
 
viainfante.jpg
Ver Galeria
 
João Vasconcelos, professor no Algarve, Regina Casimiro, engenheira em Loulé, Albano Torres, reformado, Duarte Santos, técnico de biblioteca em Albufeira, Richard Farr, vendedor, José Domingos, vendedor de combustíveis, e Nuno Vianda, designer em Tavira, são alguns dos cidadãos que formaram ontem o núcleo inicial da Comissão de utentes da Via Infante (A22), cujo objetivo é lutar contra as portagens.
"Em primeiro lugar, vamos pedir reuniões com o Governo, as forças políticas da região e as associações empresariais. Depois, marcaremos uma nova reunião para dar conta das iniciativas futuras", declarou João Vasconcelos, um dos mentores do grupo de cidadãos algarvios que criou a comissão, e coordenador regional do Bloco de Esquerda.
"Não pretendemos partidarizar este movimento, que está aberto a todos. A nossa ideia é transversal, atrair independentes e outras associações, de empresários e de comerciantes, esse é o passo seguinte", afirma o responsável ao Observatório do Algarve, quando questionado sobre as ligações políticas de alguns membros, próximos do Bloco de Esquerda.
"Muitos de nós nem sequer nos conhecíamos, começámos a falar pela internet e decidimos avançar com o movimento, alguém tem de dar o primeiro passo", admitiu Regina Casimiro.
Admitindo que o processo da Comissão de Utentes ainda se encontra numa fase inicial, os promotores afirmam-se adeptos do diálogo, primeiro com as instâncias e partidos políticos a nível regional e depois partindo para os decisores centrais, na esperança de que o Governo venha a dar o dito por não dito.
"Não seria a primeira vez que o faria. É preciso irmos à luta e fazer pressão, porque eu acredito que é possível não virem a existir portagens na Via do Infante", afirma José Domingos.
José, que vive em Castro Marim, pressente estar "a voltar ao passado", em que a Estrada Nacional (EN) 125 era uma "via de engarrafamentos e mortes".
"Sinto que estamos a voltar ao passado. Assisti a muitas mortes na EN 125, a muitos engarrafamentos, e estou revoltado com esta decisão do Governo e é por isso que estou aqui hoje a aderir a este movimento", declarou aos jornalistas.
Medidas concretas, só mais tarde

Quando questionados sobre que formas de luta poderá adotar a Comissão, os responsáveis admitiram que poderá vir a assistir-se a uma 'luta dura' acreditando que as pessoas vão aderir ao apelo - que já tem mais de 12 mil adeptos no Facebook (pode aderir aqui) e tomar 'posições de força'.
Criar um sítio na Internet para a comissão de utentes, convidar as associações humanitárias de bombeiros que transportam doentes na Via Infante e os taxistas para integrarem a comissão ou ouvir as preocupações dos professores que dão aulas em várias escolas da região são outras metas que o organismo decidiu ontem levar a cabo, após uma reunião em Loulé, na presença de alguns órgãos de comunicação social.
Observatório do Algarve









0 comentários: