NADA DE NOVO NA FRENTE OCIDENTAL
Os anúncios da Ministra no sentido de aligeirar o modelo de avaliação do desempenho são meras operações de maquilhagem, insuficientes para iludir as iniquidades de que o modelo está eivado:
- a manutenção das quotas para a atribuição das notas máximas, ainda para mais com efeitos nos próximos concursos de colocação de professores;
- o condicionamento da classificação dos professores aos resultados obtidos pelos alunos, que a Ministra afirmou não ter efeito para este ano lectivo, mas que, em próximos anos, será um "critério" fundamental para se aferir a "competência" de um docente;
- a impossibilidade prática de, em cada departamento curricular, haver titulares em número suficiente para garantir que todos possam ser avaliados por alguém da mesma área científica, não se sabendo bem onde ir buscar esses colegas no caso de um professor insistir em ter esse tipo de avaliação (o que significa que esta "concessão" do Ministério não passa de uma mistificação manhosa, feita para iludir jornalistas mas que não engana qualquer professor minimamente atento).
Como hoje é evidente para os movimentos de professores, para os sindicatos e para todos os partidos da oposição, a manobra que ontem a Ministra e o Governo encenaram é pura poeira nos olhos.
Portanto, nada de novo na frente ocidental. A luta tem de continuar. E tem de continuar até ao fim: até ao derrube da matriz de onde todos estes delírios governamentais emanam, que é o Estatuto da Carreira Docente.
APEDE
APEDE
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