Considerações sobre o recuo da ministra e as acções de luta programadas
1. A ministra recuou mas manteve o modelo burocrático de avaliação.
2. A ministra só recua com os professores na rua.
3. Quando a ministra se isola, fica enfraquecida.
4. Quando os professores ganham apoios na opinião pública e garantem a simpatia dos partidos da oposição e de personalidades independentes, ficam mais fortes e o Governo mais fraco.
5. A ministra tem um medo de morte da resistência interna nas escolas. Quando os professores suspendem efectivamente os procedimentos da avaliação burocrática de desempenho, a ministra entra em pânico, começa a dizer coisas sem sentido, a faltar à verdade e toda a sua natureza agressiva vem ao de cimo. Ministra em pânico perde mais facilmente a razão.
6. A unidade dos professores, nomeadamente em torno da Plataforma Sindical e dos movimentos independentes, é essencial para o sucesso da luta.
7. A ministra fará tudo o que puder para dividir os professores. Hoje, ao reunir, em separado com a FNE e com a FENPROF, vai tentar puxar a FNE para o seu lado, acenando-lhe com recuos nos concursos. Se a Plataforma Sindical se fragmentar, os professores sairão derrotados. O Governo sabe disso e vai fazer tudo para que tal aconteça.
8. O recuo da ministra não é suficiente para que os professores parem a luta ou adiem os protestos programados.
9. São de evitar formas de luta que prejudiquem os alunos, porque esse facto será explorado, até à exaustão, pela máquina de propaganda do Governo.
10. É de manter a greve do dia 3/12 e as greves distritais da segunda semana de Dezembro. É errado adiar as notas dos alunos. Ninguém ganha nada com isso e o Governo terá mais um motivo para atacar os professores. Para além da greve de 3/12, é de apostar em grandes manifestações regionais na última semana de Novembro, bem como outras formas de luta criativas como vigílias à porta do ME e em frente das DREs.
ProfAvaliação
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