Desemprego mundial alcança recorde histórico
Relatório da Organização das Nações Unidas afirma que há 211 milhões de desempregados hoje no mundo, o maior índice registado na história. Artigo do La Jornada.
O número de desempregados no mundo alcançou um nível histórico, chegando a 211 milhões, enquanto a geração de postos de trabalho estancou há mais de uma década, revelou um relatório da Organização das Nações Unidas. "Hoje, o desemprego no mundo é o maior registado na história”, expressou nesta quarta o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, na apresentação do relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 2010.
“Existem 211 milhões de pessoas sem trabalho e é necessário criar globalmente 470 milhões de novos postos de trabalho nos próximos 10 anos só para manter o passo do crescimento”, acrescentou.
Os objectivos das Metas do Milénio são oito parâmetros de desenvolvimento social que devem ser melhorados de maneira substancial, dos níveis de 1990 a 2015 e cujos progressos serão revistos numa reunião que ocorrerá em Setembro próximo na ONU.
O relatório comparou que no mundo em desenvolvimento existiam 63 empregos para cada 100 pessoas em 1998, enquanto que, em 2008, se reduziu a 62 e se manteve esse nível durante 2009.
“As condições do mercado de trabalho continuaram a deteriorar-se em muitos países e é provável que afectem negativamente a grande parte do progresso obtido durante a década passada na meta de conseguir trabalhos decentes”, indicou.
No relatório explicou-se que a deterioração da economia provocou “uma forte queda na relação emprego/população” e que a produtividade laboral declinou em 2009 em relação ao ano anterior.
Na América Latina, a relação entre emprego e população era de 58% em 1998; avançou apenas a 61% em 2008 e voltou a cair a 60% em 2009.
A ONU observou que o emprego vulnerável voltou a subir no último ano, depois de ter registado um declive na década mais recente. Em 2009, era de 60%, enquanto que um ano antes era de 59% no mundo em desenvolvimento.
Na América Latina, o percentual de pessoas auto-empregadas ou que administra negócios familiares aumentou de 31 para 32% entre 2008 e 2009, depois de registar 35% em 1998. Mesmo assim aumentou na região o que a ONU chama de “trabalhadores pobres”, aqueles que têm um emprego, mas ganham menos de 1,25 dólares por dia. O índice subiu a 8% em 2009, depois de registar 13% em 1998.
“A tendência positiva de redução do emprego vulnerável foi interrompida pela deterioração das condições do mercado de trabalho causada pela crise financeira”, assentou o relatório. No entanto, a ONU destacou alguns avanços na América Latina, como o percentual da população que vive em “situação de miséria”, que foi reduzido de 34% em 1990 para 24% em 2010.
No relatório sobressaíram as reduções das taxas de mortalidade materno-infantil e os avanços na igualdade de género feitos na América Latina.
Em geral o relatório ressaltou que se têm registado notáveis avanços na redução da pobreza no mundo, embora estes se devam aos progressos realizados na China e na Índia, em especial.
O número de pessoas que subsiste com menos de 1,25 dólares por dia diminuiu de 46% em 1990 para 27% em 2005, e espera-se que se reduzam para 15% no ano de 2015.
Tradução: Katarina Peixoto, da Carta Maior
“Existem 211 milhões de pessoas sem trabalho e é necessário criar globalmente 470 milhões de novos postos de trabalho nos próximos 10 anos só para manter o passo do crescimento”, acrescentou.
Os objectivos das Metas do Milénio são oito parâmetros de desenvolvimento social que devem ser melhorados de maneira substancial, dos níveis de 1990 a 2015 e cujos progressos serão revistos numa reunião que ocorrerá em Setembro próximo na ONU.
O relatório comparou que no mundo em desenvolvimento existiam 63 empregos para cada 100 pessoas em 1998, enquanto que, em 2008, se reduziu a 62 e se manteve esse nível durante 2009.
“As condições do mercado de trabalho continuaram a deteriorar-se em muitos países e é provável que afectem negativamente a grande parte do progresso obtido durante a década passada na meta de conseguir trabalhos decentes”, indicou.
No relatório explicou-se que a deterioração da economia provocou “uma forte queda na relação emprego/população” e que a produtividade laboral declinou em 2009 em relação ao ano anterior.
Na América Latina, a relação entre emprego e população era de 58% em 1998; avançou apenas a 61% em 2008 e voltou a cair a 60% em 2009.
A ONU observou que o emprego vulnerável voltou a subir no último ano, depois de ter registado um declive na década mais recente. Em 2009, era de 60%, enquanto que um ano antes era de 59% no mundo em desenvolvimento.
Na América Latina, o percentual de pessoas auto-empregadas ou que administra negócios familiares aumentou de 31 para 32% entre 2008 e 2009, depois de registar 35% em 1998. Mesmo assim aumentou na região o que a ONU chama de “trabalhadores pobres”, aqueles que têm um emprego, mas ganham menos de 1,25 dólares por dia. O índice subiu a 8% em 2009, depois de registar 13% em 1998.
“A tendência positiva de redução do emprego vulnerável foi interrompida pela deterioração das condições do mercado de trabalho causada pela crise financeira”, assentou o relatório. No entanto, a ONU destacou alguns avanços na América Latina, como o percentual da população que vive em “situação de miséria”, que foi reduzido de 34% em 1990 para 24% em 2010.
No relatório sobressaíram as reduções das taxas de mortalidade materno-infantil e os avanços na igualdade de género feitos na América Latina.
Em geral o relatório ressaltou que se têm registado notáveis avanços na redução da pobreza no mundo, embora estes se devam aos progressos realizados na China e na Índia, em especial.
O número de pessoas que subsiste com menos de 1,25 dólares por dia diminuiu de 46% em 1990 para 27% em 2005, e espera-se que se reduzam para 15% no ano de 2015.
Tradução: Katarina Peixoto, da Carta Maior
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