quarta-feira, junho 02, 2010

GUE/NGL: acordo UE-Israel deve ser suspenso PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
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"A União Europeia deve responder imediatamente a esta impunidade", proclama o grupo parlamentar da Esquerda Unitária, GUE/NGL, a propósito do ataque israelita contra a Frota da Liberdade. A suspensão do acordo de associação com Israel e um debate no Parlamento são outras medidas propostas.
A meio da tarde, centenas de pessoas reuniram-se em Bruxelas, na Praça do Luxembugdo, frente às instalações do Parlamento Europeu para manifestarem o seu repúdio pelo massacre em águas internacionais do Mediterrâneo. Uma "manifestação combativa", como já escreveu Miguel Portas salientando a presença de numerosos membros das comunidades de paíes árabes e também de muitas mulheres. A iniciativa em Bruxelas juntou-se a muitas outras que estão a acontecer pelo mundo fora, motivadas pelo choque provocado pelo "acto de guerra" e de "terrorismo de Estado", segundo o primeiro ministro turco, contra barcos humanitários transportando activistas pela paz.
Neste quadro de violação do direito internacional e dos princípios básicos dos direitos humanos, segundo os quais a União Europeia diz reger-se, a esquerda europeia sublinha que as instituições da UE não podem ficar indiferentes. "Pedimos a imediata suspensão do acordo de associação com Israel e um debate na próxima sessão do Parlamento com a participação da Alta Representante para os Assuntos Externos e a Política de Segurança, srª Alshton, de modo a que a União Europeia tome uma posição clara de acordo com os seus princípios", defende o GUE/NGL em comunicado emitido antes da manifestação.
Numa declaração pública, o eurodeputado francês Patrick Hyaric, director do diário L'Humanité, afirma que "a União Europeia e a França não podem ficar indiferentes, lembrando que o acordo de associação Israel "prevê a suspensão de todas as relações no caso de as liberdades serem postas em causa".
Posição do Partido da Esquerda Europeia
Num comunicado divulgado ao fim da manhã de segunda-feira, o Partido da Esquerda Europeia qualifica o ataque israelita como um "acto de terrorismo de Estado" que "exige consequências políticas". Nesse sentido, a Esquerda Europeia propõe "a imediata suspensão de todos os tratados económicos, comerciais ou militares de cooperação entre a União Europeia e Israel"; pede ao presidente do Conselho, Van Rompuy, à Alta Representante Ashton e à Presidência espanhola que promovam uma acção judicial contra os autores do ataque, a criação de uma comissão internacional de investigação e o fim imediato do bloqueio a Gaza. "A política de dois pesos e duas medidas tem que acabar", lê-se no comunicado. A Esquerda Europeia reafirma a sua solidariedade com as acções do movimento da paz e apela ao movimento israelita pela paz è às forças políticas democráticas de Israel para que resistam "à política de cerco continuado à população civil de Gaza e intensifiquem a luta por uma solução pacífica do conflito israelo-palestiniano".

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