França: 2 milhões contra aumento da idade da reforma
Manifestações foram superiores às de 27 de Maio. Sindicatos falam em nova relação de forças e asseguram que “o sentimento de injustiça diante desta reforma brutal cresce fortemente no país”.
Manifestação em Rouen. Foto de clauderouen, da Phototèque du Mouvement Social
O secretário-geral da CGT, Bernard Thibault, disse que seriai “sábio” por parte do presidente Nicolas Sarkozy desistir de apresentar o projecto de aumento da idade da reforma ao Conselho de Ministros de 13 de Julho.
François Chérèque, secretário-geral da CFDT, afirmou que a jornada desta quinta-feira foi a maior manifestação do ano: “Isso mostra que o sentimento de injustiça diante desta reforma brutal cresce fortemente no país”.
Em quase todo o país, a participação nos desfiles superou o último protesto. Foi o caso em Marselha, em Bordeaux, em Lyon. Em Rennes, a própria polícia estima que participaram seis vezes mais pessoas na manifestação do que em Maio. Em Paris, o protesto reuniu 130 mil pessoas segundo os sindicatos, 47 mil segundo a polícia.
A presença de vuvuzelas animou o desfile, bem como as alusões ao desastre da selecção francesa no Mundial de Futebol – os sindicatos criticaram o presidente, que no mesmo dia se reuniu com o jogador Thierry Henry, e que “passa o tempo a ouvir os estados de alma de um futebolista que ganha 15 milhões ao ano.”
Quanto às greves, se não paralisaram totalmente o país, também cresceram em relação às anteriores, como foi o caso da educação e da Função Pública. Na SCNF (comboios), a paralisação foi de 39,8% segundo a direcção da empresa, o que levou os sindicatos a falar numa nova relação de forças.
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