Escola Infanta Dona Maria não cede às pressões
Caros amigos
Tenho o prazer de vos transmitir uma importante notícia de ÚLTIMA HORA.
Na E.S Infanta D. Maria ,em Coimbra,os professores aprovaram por esmagadora maioria,1 voto contra e 2 abstenções no universo dos professores,uma moção em que decidiram manter suspenso o processo de avaliação. Confirmaram, pois, as decisões tomadas em Outubro, no mesmo sentido.A reunião decorreu hoje dia 6 de Janeiro às 18h e 30m.Depois de uma proveitosa troca de opiniões chegou-se a um consenso que culminou com a aprovação da moção.
Aí está um excelente exemplo a seguir pelos colegas das outras Escolas.É possível manter a unidade e resistir a todas as pressões e chantagens vindas do Ministério.Vamos a isso, com coragem.Vamos ser coerentes com todas as posições tomadas até aqui e pôr os interesses da classe acima dos interesses individuais.
O exemplo da Infanta D. Maria aí está.
MOÇÃO
Os professores da Escola Secundária Infanta D. Maria suspenderam, por unanimidade, a sua participação em todos os procedimentos relacionados com a aplicação do Dec. Lei 2/2008, tal como sucedeu em mais de 450 Escolas ou Agrupamentos de Escolas.
A necessidade sentida pelo Governo, na sequência das enormes manifestações de descontentamento levadas a cabo pela quase totalidade da classe docente, de alterações sucessivas do Modelo de Avaliação, mais não é que um reconhecimento inequívoco da sua inadequação pedagógica e da inaplicabilidade do Modelo.
As alterações pontuais que foram introduzidas não alteraram a filosofia e os princípios que lhe estão subjacentes. Apesar de designado por Modelo de Avaliação, não o é efectivamente. Não tem cariz formativo, não promove a melhoria das práticas, centrado que está na seriação dos professores para efeitos de gestão de carreira.
As alterações produzidas pelo Governo mantêm o essencial do Modelo, nomeadamente, alguns dos aspectos mais contestados como a existência de quotas para Excelente e Muito Bom, desvirtuando assim qualquer perspectiva dos docentes verem reconhecidos os seus efectivos méritos, conhecimentos, capacidades e investimento na Carreira.
Outras alterações como as que têm a ver com as classificações dos alunos e abandono escolar, são meramente conjunturais, tendo sido afirmado que esses aspectos seriam posteriormente retomados para efeitos de avaliação.
A implementação do Modelo de Avaliação imposto pelo Governo significa a aceitação tácita do ECD, que promove a divisão artificial da carreira em categorias e que a esmagadora maioria dos docentes contesta.
Tendo em consideração o que foi referido anteriormente, os professores da Escola Secundária Infanta D. Maria, coerentes com todas as tomadas de posição que têm assumido ao longo deste processo, reafirmam a sua vontade em manter a suspensão do mesmo.
Apelam ainda a que aconteça o mais rapidamente possível um processo sério de revisão do ECD, eliminando a divisão da carreira em categorias, e que se substitua o actual Modelo de Avaliação por um Modelo consensual e pacífico, que se revele exequível, justo e transparente, visando a melhoria do serviço educativo público, a dignificação do trabalho docente, promovendo assim uma Escola Pública de qualidade.
Coimbra, 6 de Janeiro de 2009
Escola Secundária Infanta D. Maria
MEP
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