Recomendações do CCAP: Ora vejam lá esta! E articulem!
O Blog Educacaosa continua a fazer a crítica das recomendações do CCAP. Vale a pena ler. Nas Recomendações nº 3, os sábios do CCAP lançam esta atoarda:
A avaliação do desempenho docente é parte de um processo de avaliação mais amplo, que inclui a avaliação das aprendizagens dos alunos e a auto-avaliação e avaliação externa das escolas. Nesse sentido, a apreciação do desempenho docente deveria, na medida dopossível, articular estes três domínios de avaliação e, por conseguinte, tomar em consideração, de forma enquadrada, o contributo dado pelo avaliado para as políticas da escola no âmbito dos processos de auto-avaliação e avaliação externa – de acordo com as oportunidades que a cada docente tenham sido oferecidas.
Perdoai-lhes, Senhor, que não sabem o que dizem! O CCAP tira com uma mão o que dá com a outra. Por um lado, vai dizendo que é preciso simplificar os procediementos e as grelhas, unindo alguns dos itens; por outro, afirma que a avaliação de desempenho dos docentes deve estar associada à avaliação da aprendizagem dos alunos. Mas isso ainda é pouco para o CCAP. E vai daí, embalado na retórica "inafopiana", acrescenta que a avaliação de desempenho dos professores também deve andar associada à avaliação interna das escolas. Mas isso ainda é pouco. O CCAP recomenda, ainda, que ande associada à avaliação externa das escolas. Ou seja, anda associada a tudo e mais alguma coisa. Defendi, em posts publicados neste blog, que a avaliação de desempenho dos professores devia fazer-se apenas no âmbito da avaliação externa da escola, de quatro em quatro anos, centrada na análise de um portfólio e sem os grilhões das fichas de avaliação. Mas o CCAP diz outra coisa diferente: defende o modelo burocrático das grelhas e das fichas de avaliação, a periodicidade (2 em 2 anos), a avaliação por pares e a associação da avaliação de desempenho aos resultados dos alunos e à avaliação interna e externa das escolas. O CCAP é ainda mais exigente que o ME e vai mais longe, no processo de complexificação, do que o Decreto-Regulamentar 2/2008 de 10/01 (da avaliação burocrática de desempenho).
E ainda há quem diga que eu exagero quando afirmo que "os piores inimigos dos professoers são os ex-professores". Esta lengalenga rançosa já vem dos tempos do defunto e malfadado INAFOP que, nos idos tempos do guterrismo, tentou - sem o conseguir - uniformizar e padronizar a formação, as funções e as competências dos professores.
In ProfAvaliação
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