Na noite de Quarta-feira, em plena Praça da República de Viana do Castelo, cerca de duas centenas de pessoas assistiram ao comício de Verão em que Francisco Louçã falou da crise social que atravessa o país, denunciou a banca e os banqueiros que continuam a obter lucros fabulosos à custa do crescente endividamento das famílias portuguesas. Louçã falou também do privilégio da banca e dos banqueiros pagarem menos impostos do que todas as restantes actividades empresariais e, nalguns casos, recorrerem à evasão fiscal e à fraude sobre os seus próprios accionistas, como as investigações à volta do BCP têm vindo a suscitar. O comício teve início com a intervenção de Jorge Teixeira, deputado municipal do BE em Viana do Castelo, que abordou a luta que os cidadãos da região travam contra a intenção do governo vir a colocar portagens na A28, entre aquela cidade e o Porto. A introdução de portagens penalizaria gravemente as populações servidas por esta auto-estrada sem alternativa real. De facto, como referiu Jorge Teixeira, "a A28 não é uma mera opção, mas sim a única estrada de perfil não urbano no trajecto entre Porto e Viana do Castelo". O coordenador da Comissão Política do BE saudou o movimento cívico que surgiu na contestação às portagens da A28 e referiu-se às "outras portagens que o governo quer impor aos portugueses". É a portagem do código do trabalho, que aumenta a precariedade, diminui os direitos e faz com que os patrões deixem de pagar horas extraordinárias, a portagem do desemprego que aumenta e afecta cada vez mais famílias e a portagem do aumento das taxas no Serviço Nacional e Saúde. Francisco Louçã acusou o primeiro-ministro de com este código do trabalho estar a fazer precisamente o contrário do que tinha prometido e de nem sequer deixar passar as propostas anteriormente feitas pelo próprio PS a propósito do código laboral. "Isto sim, é um verdadeiro embuste", respondendo às críticas que José Sócrates tinha acabado de fazer aos que criticam o código do trabalho. Francisco Louçã terminou com um veemente convite ao debate político, sobre as coisas que interessam na vida quotidiana de todos, que se fale alto e que não se tenha "tento na língua" no combate ao governo de Sócrates. Bloco.org
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