segunda-feira, outubro 10, 2011

Deputados do BE e do PCP eleitos pelo Algarve exigem suspensão de introdução de pagamento na A22



Os deputados do Bloco de Esquerda e do PCP eleitos pelo Algarve estiveram hoje presentes na marcha lenta contra a introdução de portagens na Via do Infante (A22), considerando que a medida é injusta e deve ser suspensa.

Paulo Sá (PCP) e Cecília Honório (BE) juntaram-se ao protesto de hoje, que contou com a participação de cerca de duas centenas de automóveis e mais de 100 motos entre o Parque das Cidades, junto ao estádio do Algarve (Faro/Loulé), e a capital algarvia.

Em declarações à Lusa, Paulo Sá disse que “é indispensável travar uma luta na rua contra a intenção do governo de introduzir portagens” na A22.

“É importante que os algarvios saiam todos para a rua, protestem e exijam do governo a suspensão da medida”, afirmou ainda o eleito do PCP na região, considerando que “se os algarvios protestarem de uma forma efetiva e empenhada, o governo pode recuar”.

Sá disse ainda que “os espanhóis sentem-se também prejudicados” pela introdução de portagens na Via do Infante, que faz a ligação à Andaluzia, e a medida “é prejudicial para o turismo algarvio”, pelo que considera ser “importante que, por uma questão económica, se trave esta medida”.

Cecília Honório afirmou à Lusa que a marcha lenta de hoje “é um grande protesto, uma grande manifestação por uma luta que é absolutamente justa”.

Para a deputada bloquista, “O povo saiu à rua, vieram pessoas de Espanha, o que dá bem a dimensão da razão que esta gente tem nesta luta e o BE está desde a primeira hora contra a introdução de portagens na Via do Infante”.

Honório frisou que “o Algarve é uma região que está esmagada com graves problemas económicos e sociais, uma taxa de desemprego assustadora, um nível de empobrecimento da população muito rápido” e disse que “não há respostas para o crescimento económico”.

“Agravar a crise com crise, colocando portagens na via do Infante, só vai agravar o problema. Tem que haver [margem para suspender a medida], porque quando a sociedade tem razão e quando há um protesto com esta dimensão, há um governo que tem que ouvir”, concluiu. 
Região Sul

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