sexta-feira, outubro 28, 2011

Portagens na Via do Infante: "Que a voz popular não se cale quando tem razão"

A AR debateu nesta sexta feira uma petição dos movimentos contra as portagens na A22 e um projecto de lei do Bloco de Esquerda para a isenção de portagens nessa via. Na intervenção de apresentação do projecto, a deputada Cecília Honório afirmou: "Que a voz popular não se cale quando tem razão".
Foto de “Algarve-Portagens-na-A22-NÃO” no facebook
Foto de “Algarve-Portagens-na-A22-NÃO” no facebook
Nesta sexta feira, o plenário da Assembleia da República debateu as portagens na A22: uma petição dos movimentos contra a introdução e um projecto de lei do Bloco de Esquerda para a isenção de portagens na Via do Infante (aceda ao texto integral do projecto).
A deputada Cecília Honório, que apresentou o projecto, relembrou os argumentos contra as portagens, nomeadamente a falta de alternativas rodoviárias e as “razões de emergência social”.
A deputada do Bloco sublinhou que “a região tem a maior taxa de desemprego e de pedidos de ajuda de famílias para sobreviver”, frisando que “a introdução de portagens é escavar a crise sobre a crise e aumentar a pobreza”.
Nas galerias da AR, um grupo de pessoas dos movimentos contra as portagens assistiu ao debate. Em declarações à comunicação social, João Vasconcelos, do movimento e um dos peticionários, antecipou o chumbo do projecto de lei do Bloco e disse: “Lamentamos. A intervenção do PS foi condicionada à requalificação da estrada nacional 125, que nunca será alternativa. Pelo PSD não houve declarações por deputados do Algarve, o que achamos estranho”.
João Vasconcelos considerou que está em causa uma “catástrofe social”, referiu que “se não for a morte lenta, haverá uma grave crise no turismo” e salientou que os movimentos vão continuar a lutar contra as portagens na Via do Infante.
No mesmo sentido intervieram também os deputados Paulo Sá, do PCP, e Heloísa Apolónia, dos Verdes.
O deputado do PSD Paulo Cavaleiro declarou que “alguém tem de pagar”.

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