FNE recusa entendimento sobre diploma de organização dos horários dos docentes
Após a reunião de hoje com o Ministério da Educação, com vista à negociação do projecto de diploma sobre organização dos horários dos docentes, a FNE não aceita os moldes com o que aqueles horários estão a ser organizados, sob pena de continuar a existir a marcação excessiva de reuniões, ultrapassando largamente o número limite de horas de trabalho de cada professor.
O ME, ao não acolher as propostas desta Federação, acaba por não determinar um número máximo de horas para reuniões, o que se traduz para os docentes em semanas com um horário de presença na escola e em trabalho de estabelecimento, largamente superior às 35 horas, incluindo a actividade lectiva.
Também o tempo relacionado com a avaliação de desempenho mereceu nesta reunião, por parte da FNE, particular atenção. Isto, tendo em conta o reduzido tempo que está neste momento destinado aos avaliadores para procederem à avaliação dos professores.
Para o ME, qualquer ultrapassagem dos limites do tempo de trabalho do professor fica sem consequência, nem para quem determina a realização dessas tarefas, nem de compensação para o profissional que é chamado à sua concretização.
A FNE continuará a tudo fazer no sentido de levar o Ministério da Educação a atribuir um número de horas máximo para os docentes, para que dessa forma o ano lectivo de 2008/2009 não seja mais uma vez palco de injustiças e atropelos face à necessidade, cada vez maior, de um “tempo para ser professor”. Aliás, essa continuará a ser uma das grandes campanhas da FNE ao longo do próximo ano lectivo.
O ME, ao não acolher as propostas desta Federação, acaba por não determinar um número máximo de horas para reuniões, o que se traduz para os docentes em semanas com um horário de presença na escola e em trabalho de estabelecimento, largamente superior às 35 horas, incluindo a actividade lectiva.
Também o tempo relacionado com a avaliação de desempenho mereceu nesta reunião, por parte da FNE, particular atenção. Isto, tendo em conta o reduzido tempo que está neste momento destinado aos avaliadores para procederem à avaliação dos professores.
Para o ME, qualquer ultrapassagem dos limites do tempo de trabalho do professor fica sem consequência, nem para quem determina a realização dessas tarefas, nem de compensação para o profissional que é chamado à sua concretização.
A FNE continuará a tudo fazer no sentido de levar o Ministério da Educação a atribuir um número de horas máximo para os docentes, para que dessa forma o ano lectivo de 2008/2009 não seja mais uma vez palco de injustiças e atropelos face à necessidade, cada vez maior, de um “tempo para ser professor”. Aliás, essa continuará a ser uma das grandes campanhas da FNE ao longo do próximo ano lectivo.
Comentário
Faz muito bem a FNE em recusar a aprovação do projecto de diploma sobre organização dos horários dos docentes. Faz sentido exigir ao ME a atribuição de um número de horas máximo para os docentes, sob pena de estes ultrapassarem em muito as 35 horas de trabalho semanal. Como é sabido, há milhares de escolas onde os professores não têm condições para poderem preparar as suas aulas, criar materiais didácticos, planificarem as actividades lectivas e corrigirem os testes. Esse trabalho, que ocupa em muitos casos mais de duas horas diárias, é feito em casa e acresce às 35 horas de trabalho semanal. Há PCEs que abusam da burocracia, exigem reuniões para tudo e para nada e há coordenadores de departamento que não sabem dirigir reuniões, prolongando o tempo das reuniões pela tarde e, por vezes, pela noite dentro. Por tudo isto, o ME tem de fixar um número máximo de horas para reuniões, sob pena de continuarem os atropelos ao estatuto da carreira docente.Blog Ramiro marques
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