Alegre critica silêncio de Cavaco na pressão dos mercados
por LusaHoje
"Estamos perante o mais violento ataque à soberania nacional desde o 25 de Abril", referiu o candidato à presidência.
O candidato a Presidente da República, Manuel Alegre, criticou hoje o silêncio de Cavaco Silva numa altura em que "há uma ameaça gravíssima à soberania nacional".Em declarações à agência Lusa em Moimenta da Beira, onde hoje visitou a cooperativa de vinhos e maçã, Manuel Alegre lembrou que o Orçamento de Estado para 2011 foi aprovado "para acalmar os mercados financeiros", o que não se verificou.
"Os juros da dívida estão a subir e há uma ameaça gravíssima à soberania nacional, à nossa autonomia de decisão, a maior desde o 25 de Abril. Ainda anteontem o primeiro-ministro disse que não nos íamos ajoelhar perante ninguém, mas não se ouviu uma palavra do Presidente da República", lamentou.
Na sua opinião, Cavaco Silva, enquanto Presidente da República e economista, "deverá dizer qualquer coisa, a menos que esteja de acordo com este processo".
"Muitas vezes perguntam-lhe coisas e ele diz que não se pronuncia, que o Presidente da República não se deve pronunciar. Mas se há coisa sobre a qual o Presidente da República se deve pronunciar é sobre uma situação de crise nacional, sobre uma ameaça muito grande à nossa autonomia de decisão, depois do sacrifício que foi feito e dos sacrifícios que estão impostos aos portugueses", considerou.
O candidato apoiado pelo PS e pelo BE mostrou-se optimista em relação aos resultados que conseguirá nas eleições presidenciais e garantiu que quando vai a um combate "é para ganhar". "O que é vergonha não é perder eleições, o que é vergonha é desertar ou ter medo", afirmou, frisando que, se "da outra vez não tinha apoio nenhum de forças políticas", desta tem "o apoio de forças políticas e de uma rede de cidadãos".
Neste âmbito, considera que se nas últimas presidenciais ficou a menos de 30 mil votos da segunda volta, desta vez há razões para pensar que será diferente. "Penso que eles (candidatura de Cavaco Silva) estão muito preocupados, senão não punham o professor Freitas do Amaral a dizer as coisas que tem dito", acrescentou.
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