Saúde: crise é oportunidade de negócio para sector privado
Sector privado já controla 40% dos cuidados de saúde em Portugal. Em 2009, o seu volume de negócios foi de 900 milhões. Este ano será bastante superior. As medidas de austeridade, que reduzem a oferta pública, premeiam os grandes grupos financeiros e as seguradoras.
O Grupo José de Mello Saúde, do qual Salvador de Mello é presidente do Conselho de Administração, é um dos três maiores grupos privados na área da saúde. Em 2009 teve um volume de negócios na ordem dos 265 milhões de euros. Foto de Andre Kosters, Lusa.
Se, em 2009, o volume de negócios do sector privado na área da saúde atingiu cerca de 900 milhões de euros, em 2010, o mesmo deverá ultrapassar os mil milhões, adianta o responsável da APHP.
Os três maiores grupos económicos – HPP, Espírito Santo e José de Mello Saúde – detêm 70% da cota de mercado. Em 2010, o Grupo Espírito Santo Saúde terá um aumento de 12,5% no seu volume de negócios face a 2009, cerca de 245 milhões de euros. O Grupo José de Mello Saúde já ultrapassou este valor em 2009, tendo registado um volume de negócios de 265 milhões de euros.
Da totalidade dos utentes do sector privado, 30% são beneficiários de seguros de saúde.
OE’2011 premeia grandes grupos financeiros na área da saúde
O Orçamento do Estado para 2011 prevê um corte na área da saúde de 13% em relação a 2009. O investimento público em saúde é reduzido ao mínimo dos mínimos, no entanto, a verba prevista para os grandes grupos financeiros que operam no mercado da saúde, como os proprietários dos grandes hospitais privados, cresce. De 175 milhões passa, em 2011, para 235 milhões.
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