Função Pública: Manifestação junta mais de 100 mil
A manifestação da Frente Comum reuniu este sábado, em Lisboa, muitos milhares de pessoas que mostraram um cartão vermelho ao Governo. No final do protesto, Carvalho da Silva apelou à Greve Geral - “necessária acima de tudo para criar perspectivas aos mais jovens”.
A Frente Comum mobilizou mais de 100 mil trabalhadores num protesto contra o Governo da austeridade, abrindo caminho para a Greve Geral a 24 Novembro. Foto Paulete Matos
Os trabalhadores espalhavam-se pelos passeios laterais, empunhando bandeiras dos respectivos sindicatos e cartazes com reclamações como "Protecções e reformas dignas", "Não à política que nos tira o pão" ou "Só para nos lixar, Sócrates a legislar e Cavaco a promulgar".
Mas, "a mensagem é só uma: Os trabalhadores da administração pública não aceitam, não se conformam e vão resistir às medidas que o Governo quer aplicar", disse aos jornalistas a coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Ana Avoila.
Para a sindicalista, as medidas de austeridade propostas pelo Governo “vêm agravar a estabilidade de emprego dos trabalhadores da administração pública, mas também os serviços que se prestam às populações”. Ana Avoila referiu-se ainda à Greve Geral marcada para 24 de Novembro como “uma greve de protesto mas também de construção de soluções".
Greve Geral serve também para castigar "uma certa burguesia"
O secretário-geral da CGTP-IN defendeu que a adesão à Greve Geral de dia 24 como a mais importante das últimas décadas, para dar perspectivas de futuro aos jovens e também para castigar “uma certa burguesia”.
Intervindo no comício final da manifestação da Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública em Lisboa, Carvalho da Silva afirmou que a greve geral marcada para dia 24 era “necessária acima de tudo para criar perspectivas aos mais jovens”.
“Esta Greve Geral é, nas últimas décadas, a luta dos trabalhadores que dá mais sentimento de futuro”, afirmou, frisando que a greve “é para criar perspectivas e responder às necessidades das jovens gerações” ao defender o “direito ao trabalho e ao salário e não apenas a um subsídio de subsistência”.
O protesto, indicou, servirá também para “instabilizar uma certa burguesia que no espaço privado e do Estado deita escandalosamente a mão a uma riqueza que pertence a todos”.
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