Scut’s: novo protesto nacional no dia 15
As comissões de utentes das sete auto-estradas até agora sem custos para o utilizador (Scut) decidiram promover, no próximo dia 15, uma “jornada nacional de protesto” contra a introdução de portagens nestas vias.
Um cidadão apelava ao buzinão na EN125 contra a introdução de portagens na via do Infante (A22), no passado dia 8 de Outubro. LUIS FORRA/LUSA
Segundo o responsável, o protesto do próximo dia 15, precisamente um mês depois da introdução de portagens nas três Scut do Norte, terá as formas que forem decididas localmente por cada uma das comissões de utentes.
Quanto ao apelo aos utentes para que se associem, das formas que entenderem, ao protesto no dia 24 de Novembro, José Ferreira afirmou que a greve geral convocada para esse dia é “não apenas uma jornada sindical, mas uma grande jornada de protesto”.
O também porta-voz da Comissão de Utentes da Póvoa do Varzim/Vila do Conde lamentou a “enorme confusão” e a “enorme falta de respeito” pelos milhares de utilizadores das vias que passaram a ser portajadas, referindo-se à forma como foram vendidos os identificadores, acrescentando que grande parte do desvio de tráfego para as “pseudo-alternativas” trouxe problemas de segurança a algumas localidades.
Para as comissões de utentes, é “condenável” que as lideranças políticas do PS, PSD e CDS-PP não tenham inviabilizado a introdução de portagens.
Para José Ferreira, o princípio do “utilizador/pagador” é uma “falsa questão”, já que as vias em causa são infra-estruturas “fundamentais para o desenvolvimento da actividade económica do país”, frisando que as receitas geradas ultrapassam “em muito” os custos de manutenção.
José Ferreira lamentou que o Estado tenha ocultado estudos que provam que as Scut são “auto-sustentáveis”, tendo em conta o aumento de receitas que advêm para as regiões que atravessam, só para “ir buscar dinheiro de qualquer maneira”.
Segundo disse, há estudos que têm como referência o ano de 1999 que mostram que os custos de construção e manutenção das SCUT eram da ordem dos 4000 milhões de euros quando o aumento da receita fiscal previsível era da ordem do 10 mil milhões de euros.
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