Louçã: “Sócrates declara guerra à esquerda” |
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chegou o tempo da sensibilidade social. Mas, se chegou esse tempo, esquerda que defende os direitos sociais", questionou Francisco Louçã, intervindo na sessão de encerramento das comemorações dos 40 anos do Maio de 68, que o Bloco de Esquerda realizou este Sábado no ISCTE em Lisboa. Francisco Louçã começou por lembrar o Maio de 68 não só em França, mas também na Checoslováquia e no México, salientando que: "O Maio de 68 provocou um terramoto e abalou os campos políticos que hegemonizavam desde o início da guerra fria. O Maio de 68 determinou o fim desta bipolaridade". Entre outros episódios de luta e resistência, Francisco Louçã recordou "a ocupação de Praga por 250 mil soldados soviéticos (e de países aliados)", que acabou "com a liberdade de opinião e com a liberdade artística". "À população checa só era permitido o uso de rádios com um único botão e com uma única estação. Ainda é assim na Coreia do Norte", referiu, sublinhando:"Nós chamamos camaradas e companheiros não só aos que se revoltaram em Paris, mas também àqueles que resistiram em Praga". Louçã relembrou as lições dos 40 anos do Maio de 68, quando a ofensiva contra a esquerda é mais forte e por isso Sócrates declara guerra à esquerda. "O liberalismo tem uma matriz autoritária que se exprime na proposta de revisão do Código de Trabalho, promovendo a precariedade e a facilitação dos despedimentos", frisou, dando como exemplo as convocações dos serviços mínimos de acordo com o máximo pedido pela empresa do metro do Porto para limitar a greve. Antes de Francisco Louçã, tinha intervido Catarina Príncipe que lembrou que a libertação se faz em todas as esferas da vida e para salientar que no Maio de 68 o direito à diversidade libertou das amarras da velha esquerda. Fotos de André Beja, clique para as ver em grande In esquerda.net |
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